Há pouco bati um papo por escrito com Patrícia Cornils, da Revista A Rede, que acompanha de perto os debates sobre a internet. Ela fez algumas perguntas sobre a nossa movimentação em torno da candidatura de Sérgio Amadeu e pedi a ela liberação para também publicar o conteúdo da conversa.
Leia a nota feita pela Revista A Rede
Durante o dia, muita gente me perguntou sobre o processo eleitoral do Comitê Gestor da Internet, que é indireto. A escolha é feita por meio de um colégio eleitoral, aberto à participação das organizações do Terceiro Setor. Nessa conversa, explico porque é importante debater a eleição do CGI-Br mesmo que não possamos votar.
Patrícia: Então, a eleição depende de um colégio eleitoral. Como vcs acham que a campanha pode influenciar as organizações que fazem parte desse colégio?
Savazoni: Vamos lá. A questão é a seguinte: o Comitê Gestor hoje permite que a sociedade civil possa escolher seus representantes, por meio de um colégio eleitoral que é constituído a partir de critérios previamente estabelecidos. No entanto, o período para cadastro coincidiu com as eleições para presidente, e muitas entidades que poderiam se cadastrar não o fizeram.
No mais, esse método é também uma forma de expressar uma aspiração de escutar a sociedade. Então nós resolvemos, além de fazer o debate entre as entidades cadastradas para votar, abri-lo para a sociedade. Isso inclusive como forma de divulgar a importância do Comitê e de dar ao conhecimento das pessoas que essa possibilidade de intervenção existe.
Digamos que nesse movimento está contido um processo de educação política, com a disposição de fortalecer a representação da sociedade no Comitê e, ao fim e ao cabo, o próprio CGI-Br, uma vez que as batalhas em relação à liberdade só tendem a crescer.
Patrícia: Vcs apoiam o samadeu, mas são quatro as vagas para a sociedade civil. Por que decidiram apoiar somente ele?
Savazoni: Não apoiamos somente ele. Gente que integra a Casa da Cultura Digital e o Laboratório Brasileiro de Cultura Digital participaram da articulação que deu origem à carta pela internet livre, inclusiva e democrática.
Nós ajudamos a montar esse programa, inclusive o Sérgio Amadeu é signatário, e defendemos o voto nos candidatos que estiverem de acordo com essa plataforma. Mas entendemos que a principal expressão do que acreditamos é manifestada pela figura do Sérgio e ela reúne em torno de si um amplo grupo de forças, como as assinaturas ao manifesto comprovam.
Ni!
Muy muy bueno.
DEPOIS da ÊME que a Dilma fez, colocando uma autoralista, e que defendo os interesses de privilegiados, no Minc é um ALENTO ver um progressista tendo papel de gestor nas políticas da internet, sabendo-se que ele está á par das CONSPIRAÇÕES que a atacam hoje em dia, e daonde vêm, e que é a favor de manter a liberdade e democracia na internet.