Pular para o conteúdo
Início » A morte de Steve Jobs, o inimigo número um da colaboração

A morte de Steve Jobs, o inimigo número um da colaboração

Steve Jobs morreu, após anos lutando contra um câncer que nem mesmo todos os bilhões que ele acumulou foram capazes de conter. Desde ontem, após o anúncio de seu falecimento, não se fala em outra coisa. Panegíricos de toda sorte circulam pelos meios massivos e pós-massivos. Adulado em vida por sua genialidade, é alçado ao status de ídolo maior da era digital. É inegável que Jobs foi um grande designer, cujas sacadas levaram sua empresa ao topo do mundo. Mas há outros aspectos a explorar e sobre os quais pensar neste momento de sua morte.

Jobs era o inimigo número um da colaboração, o aspecto político e econômico mais importante da revolução digital. Nesse sentido, não era um revolucionário, mas um contrarrevolucionário. O melhor deles.

Com suas traquitanas maravilhosas, trabalhou pelo cercamento do conhecimento livre. Jamais acreditou na partilha. O que ficou particularmente evidente após seu retorno à Apple, em 1997. Acreditava que para fazer grandes inventos era necessário reunir os melhores, em uma sala, e dela sair com o produto perfeito, aquele que mobilizaria o desejo de adultos e crianças em todo o planeta, os quais formam filas para ter um novo Apple a cada lançamento anual.

A questão central, no entanto, é que o design delicioso de seus produtos é apenas a isca para a construção de um mundo controlado de aplicativos e micro-pagamentos que reduz a imensa conversação global de todos para todos em um sala fechada de vendas orientadas.

O que é a Apple Store senão um grande shopping center virtual, em que podemos adquirir a um clique de tela tudo o que precisamos para nos entreter?

A distopia Jobiana é a do homem egoísta, circundado de aparelhos perfeitos, em uma troca limpa e “aparentemente residual”, mediada por apenas uma única empresa: a sua. Por isso, devemos nos perguntar: era isso que queríamos? É isso que queremos para o nosso mundo?

Essa pergunta torna-se ainda mais necessária quando sabemos que existem alternativas. Como escreve o economista da USP, Ricardo Abramovay, em resenha sobre o novo livro do professor de Harvard Yochai Benkler The Penguin and the Leviathan, a cooperação é a grande possibilidade deste nosso tempo.

“Longe de um paroquialismo tradicionalista ou de um movimento alternativo confinado a seitas e grupos eternamente minoritários, a cooperação está na origem das formas mais interessantes e promissoras de criação de prosperidade no mundo contemporâneo. E na raiz dessa cooperação (presente com força crescente no mundo privado, nos negócios públicos e na própria relação entre Estado e cidadãos) estão vínculos humanos reais, abrangentes, significativos, dotados do poder de comunicar e criar confiança entre as pessoas.”

Colaboração: essa, e não outra, é a palavra revolucionária. E Jobs não gostava dela.

120 comentários em “A morte de Steve Jobs, o inimigo número um da colaboração”

  1. É um outro ângulo de visão. Muito xiita e contraditória, ao mesmo tempo, diria. Steve Jobs é alguém cuja obra a história vai colocar no mesmo panteão onde estão outros sagazes como Galilei, Einstein, Thomas Edison, Henry Ford e tantos outros. Jobs era também um visionário e, como tal, um homem sempre à frente do seu tempo. Com certeza, será lembrado daqui muito tempo e influenciará muitas gerações depois da nossa. Mas vamos lá.

    Xiita porque tem um ponto de vista muito esquerdista e parece fazer clara alusão às mazelas do já vencido comunismo (e não, não sou neo-liberal e muito menos capitalista, só estou constatando), hoje DISFARÇADO de “cooperativismo”. E contraditória porque, se ele não tivesse a “cooperação” (que deriva cooperativismo, né?) das pessoas às quais confiou em montar tamanho empreendimento, simplesmente não teria conseguido.

    Não culpem o cara por ser alguém realmente revolucionário, que pôde usufruir com lealdade às suas funções e, principalmente, livre arbítrio. Fica parecendo invejinha, só isso. =0)

  2. Mesmo panteão que Galileu, Einstein e Edison??? Vc deve estar louco!

    Qual foi a grande teoria ou invenção do Jobs? Ele e a empresa dele apenas fizeram melhorias em aparelhos que já existiam. Desculpe te decepcionar, mas não foi o Jobs que inventou o computador, nem o celular, nem o mp3 player, nem o tablet…

  3. Somente de passagem

    Queria deixar registrado que o comentário acima (o caminho do meio e coisa e tal) é uma das coisas mais esquizofrênicas e aleatórias que eu já li na vida. É cheio de uma lógica brincalhona, saltitante, meio lúdica. Muito curioso.

  4. Caro Andrei,

    Invenções nos tempos de hoje são quase impossíveis. O que existem são melhorias, são novas formas de ver e apresentar coisas que já existem. Me cite, dentro do “mundo livre e colaborativo”, que dentro das premissas pregadas deveria ser o nascedouro de idéias maravilhosamente novas amparadas pelo conceito de conhecimento coletivo, quais são essas invenções inéditas?

    Jobs foi um grande designer de produtos, eu diria genial e praticamente insubstituível. Ele “produtificou” o computador pessoal, o mouse, criou um novo mercado da música digital com seu iPod (sim, revolucionário, apesar de não ser algo inédito), tornou os tablets – que já existiam e eram semi-ignorados pelos consumidores – em objetos de desejo e de uso. Seus méritos são reconhecidamente grandes. Ocultar isso com esse discurso pseudo-esquerdista-libertário presente nesse texto, é pura miopia.

    Por mais que o Jobs tenha se posicionado comercialmente contra (em parte) o OpenSource – e eu vejo isso muito mais como perfeccionismo e puritanismo em seus produtos – há de se reconhecer e respeitar sua contribuição para o mundo. Isso é ser superior, além de justo.

    Abraço

  5. Anahuac de Paula Gil

    Parabéns Rodrigo,

    Palavras sábias e honestas sobre como ter êxito numa sociedade capitalista consegue inverter os papeis do que é importante ou não. Estou há dias discutindo isso e me opondo com veemência a esse endeusamento ridículo a um homem que usou sua genialidade para concentrar poder e riqueza.

    Gênio sim, mas muito mais para um gênio do mal do que do bem. Se tivesse usado seu poder, força e inventividade para, viver cada dia como se fosse último, para criar e disseminar tecnologias que levassem liberdade, conhecimento e colaboração para o mundo, ai sim, seria diferente.

    O problema está na propaganda do status-quo que necessita endeusar os empreendedores capitalistas, os concentradores de capital, os gênios que foram capazes de vencer nesse jogo sujo.

    O mais ridículo é ver a força que se faz para colocar esses “vampiros sanguinolentos” no mesmo nível de verdadeiros revolucionários sociais. E tudo que o cara fez foi um celular com “touch pad” para tornar sua empresa mais rica.

    Acho que os movimentos sociais ganharam muito com a morte precoce de Jobs. Quem sabe o encanto que tinha boa parte dos humanos hipnotizados, como mortos-vivos, em frente às telas dos Apple gadgets possa ser quebrado de forma mais fácil agora, e possamos trazê-los de volta discussão sobre um Mundo Melhor, mais justo, colaborativo e honesto.

    Saudações Lives

  6. Oi Manoel,

    O que você diz que eu não disse está dito, no primeiro parágrafo: “É inegável que Jobs foi um grande designer, cujas sacadas levaram sua empresa ao topo do mundo.”

    Também não me interessa discutir quem inventou e quem não inventou. Sabemos que as tecnologias são construções sociais. Vários autores importantes já se dedicaram a isso.

    Procurei, neste texto, ressaltar um aspecto que não está sendo comentado do “gênio” Steve Jobs. Ser o arquiteto de um novo capitalismo é algo que, certamente, a história irá registrar – ela se destina a grafar a letra dos vencedores.

    Ainda assim, como você mesmo fala no seu comentário Jobs sempre se posicionou contrário ao compartilhamento do conhecimento, mesmo tendo se beneficiado dele para muitas de suas “criações”. Você atribui a falta de interesse pelo Open Source ao perfeccionismo, numa clara distração. Não era. Foi uma tática, bem sucedida, de cercar o comum.

    Este site foi criado por defensores da liberdade, fatalmente seria esse o conteúdo que você encontraria aqui.

  7. O cara revolucionou a indústria da música (essa sim, mainstream que só ela, onde só quem assina contrato com gravadoras gigantescas tem algum reconhecimento), da animação computadorizada, das editoras, das publicações (jornais e revistas), do cinema, a indústria dos computadores pessoais e a indústria da propaganda. Mas *como* ele fez isso é o que importa, pelo visto. “De portas fechadas, não compartilhou o processo com o mundo.” “Se ele tivesse compartilhado cada fase, aí sim.” Poxa vida. Não importa o quão brilhante uma pessoa seja -e não apenas pegue a minha opinião, por favor; apenas abra qualquer jornal, ligue a TV em qualquer canal, acesse a Internet-, sempre vai ter algo que ela não fez.

  8. Anahuac de Paula Gil

    O cara revolucionou os meios de dominação e exploração modernos na era digital, isso sim. Percebam que Ford também é considerado um gênio por ter revolucionado os meios de produção, por exemplo. O problema é que a cada dita “revolução” do capitalismo os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres.

    Os métodos de que tornam o processo exploratório mais eficiente não deviam ser exaltados e sim combatidos. Não há nada de especial em tornar as pessoas mais produtivas em uma linha de montagem. Chaplin deixa isso claro em seu filme. Bom, há sim. O especial de como eu te faço trabalhar mais pelo mesmo preço, ou seja, a mais valia com um quoeficiente cada vez mais favorável ao capital em vez do bem humano.

    Ford, gates, Jobs e muitos, muitos outros deveriam estar sendo proibidos de usar sua genialidade para benefício exclusivamente próprio. Deveriam haver leis internacionais que garantissem a distribuição irrestrita do conhecimento e justa dos ganhos financeiros. Isso para todas as áreas. Um mundo de concentração absurda de riqueza não pode ser chamado de justo. Esse é o “sonho americano” que se espalhou pelo mundo, contaminando praticamente todas as sociedades, onde é justo que um ganhe tanto que faça outros famintos. E quanto mais uma pessoa conseguir acentuar essa diferença mais ela é admirada, endeusada e vista como vencedora. Triste.

  9. Jobs inventou o mouse, a forma facil, simples e Bonita de se relacionar com as maquinas. Tirou dos viciados em programacao e hardware o uso dos computadores. Colocou isso nas maos de todos. ainda hoje não existe um computador (sistema operacional) tao facil, seguro e simples de se usar como o que ele e seus colaboradores inventaram. Sem contar que ele e um exemplo de vida. Sua história pessoal e incrível. Eu concordo que a Apple e uma empresa que visa o lucro. Mas qual não visa? outra coisa importante a dizer é que até hoje não vi ninguém contribuindo financeiramente para os outros. Ou a sua conta bancaria e colaborativa? Do seu trabalho vc divide com o mundo os incomes? Essa idéia de comparar as pessoas não me atrai. Mas seguramente jobs foi e será um cara importante para a sociedade atual e a ainda vindoura. Só para concluir insisto que sem as máquinas de jobs as pessoas que trabalham com arte (imagens, foto, vídeo, animação, design e etc) estariam ainda hoje presas a grandes empresas que, aí sim, dificultavam o acesso (via preço) das ferramentas de trabalho. Jobs (a apple) socializou, difundiu e tornou o home computer uma ferramenta poderosíssima de trabalho. Suas máquinas soltaram a criatividade de varias pessoas que através destas “invencoes” conseguiram fazer coisas incríveis.

  10. Oi Yaso,

    Compramos o Ipad para uma exposição que fizemos sobre livros digitais logo que foi lançado. Tenho comigo a primeira das primeiras versões. Acho que o trabalho dos designers e edição de conteúdos multimídia não chegaria jamais ao nível que temos hoje não fossem as invenções da Apple (aliás, quem sempre defendeu isso para mim foi uma certa designer com quem tive muito prazer de trabalhar). As contradições estão postas, e não resta dúvida da genialidade dos artefatos por inventados por sua equipe. Agora, tem o outro lado, tem o cercamento, o cerceamento, as restrições. E isso ninguém fala. Então falei.

    Bacio

  11. Quem diria que eu ia viver pra ver isso, a esquerda mais conservadora e preconceituosa que a direita. A arma de muita gente oprimida que vive em ditaduras onde a imprensa é impedida de trabalhar muitas vezes é só um celular com uma câmera. Temos visto muito isso, desde Burma até os episódios recentes da primavera árabe e também na ocupação de Wall Street. Agora, se se prefere ignorar isso e encher a boca pra falar de cooperação, aí já não é culpa do Steve Jobs. A tecnologia ele disponibilizou, mas o uso que cada um faz dela é com cada um.

  12. Sr. Jobs,,,,,,de tão ganancioso, foi despedido da empresa que êle mesmo ciou, porquê?,…Sr. Jobs,,,de tanta inveja de seus parceiros os contratou a peso de ouro, roubou-lhes idéias e sonhos, porquê?,…seu grande rival( se fala que não ) é um dos maiores empresários( e gênio) do mundo, segundo alguns, inimigo, ex-amigo roubado, não interessa, nem falou,,,porquê? Ora Srs., este mundo está cheio de Jobs, de grande inventores e pensadores, de transformadores, de copiadores, de ladrões de idéias e também tem aqueles que as aproveitam,,,,,, como Sr. Jobs e tamtos outros por aí, na clandestinidade…….Venerem, odeiem, mas acima de tudo tirem suas lições, porquê de suas dores, desgraças, e…………????. Se quiserem,,,,,,PENSEM.

  13. A mais recente batalha da Apple com essa questão do direitos se deu com o lançamento do Ipad e a reprodução dos livros digitais. A briga entre Jobs e a indústria editorial era de que a Apple, comercializando e-books, queria fazer o papel dos livreiros e abocanhar o percentual desses profissionais … em torno de 30%, se não me engano.
    Ressalvas são sempre importantes. E não há aquele, na história da humanidade, que tenha uma história sem ressalvas. Jobs não era diferente.

  14. Cara, parece ignorância falar que Jobs simplesmente não contribuiu para o mundo open source, ainda mais que quando se fala esse nome também da impressão que isso significa apenas um outro nome: Linux.

    O sistema operacional utilizado nas máquinas atuais da Apple, desde que passaram a utilizar processadores de padrão Intel, são apenas uma versão do BSD. A Apple colabora constantemente com o desenvolvimento do BSD, um sistema muito mais robusto, rápido e eficiente que uma distro do Linux, e sim, tem suas versões open source (veja FreeBSD e OpenBSD, por exemplo).

    Além disso, você encontra a disposição das mesmas máquinas Apple n ferramentas de desenvolvimento Open Source.

    Veja mais uma, por exemplo: Webkit. O navegador padrão do Mac OS, o Safari, é 100% baseado no Webkit, mesma engine open source utilizada pelo Google Chrome. A Apple também está em constante colaboração no Webkit, assim como também da apoio nos trabalhos da W3C, fortalezando sempre o lema “Web para todos”.

    O hardware da Apple é todo feito com apelos ecológicos, tudo com o selo “verde”. Os produtos vendidos são de qualidade e duram muito mais que 99% de qualquer concorrência. Não vão te vender produtos que causam poluição (no uso e em sua fabriação).

    A Apple não faz diferente de outros fabricantes e distribuidores, exceto pela determinação em só lançar coisas com qualidade que beiram à perfeição na visão de suas gestões. Justo dos produtos os clientes levam a satisfação de atendimento. Um serviço incluso que é excepcional.

    Em termos de pensar também em qualquer pessoa como usuário, todos os produtos atendem regras de acessibilidade, permitindo a utilização por pessoas com deficiências físicas.

    Até que ponto você deve abrir mão e passar a frente aquilo que você produziu? A que ponto isso não vai afetar o seu compromisso com a qualidade?

    Todos querem e merecem conforto a partir de muito trabalho, dessa forma, não importa o quanto a Apple lucrou com suas vendas, ela fez por seu mérito, as pessoas compraram porque confiaram em seus produtos. Se você faz esse discurso para e pensa se você ainda estivesse aqui sem usar seu mouse, ou no seu trabalho em que foi necessário utilizar um iPad (a ponto de comprar um). Por que você antes do discurso não abriu mão de tudo isso? Seria hipocrisia?

    O mundo open source existe, não é melhor porque é formado por uma maioria de humanos comuns que precisam também ter um trabalho que lhes garantam sustento e a dedicação as vezes não termina em primeiro plano. Nessas horas que um trabalho lucrativo faz a gente respirar, descansar e ter mais estímulo para produzir mais, criar mais.

  15. A WORLD WIDE WEB – WWW foi criada por Tim Berners-Lee em um computador NeXT, criado por Steve Jobs. Encerro aqui o meu caso.

  16. Dizer que o Jobs “produtificou” o computador pessoal e o “colocou nas maos de todos” é brincadeira.

    Só 10% dos computadores do mundo são da Apple!

  17. Andrei,

    Antes da Apple o computador pessoal era uma máquina enorme utilizadas por geeks programadores. A Apple popularizou, sim, o computador. Isso não sou eu quem digo, é a história. O fato de serem computadores mais caros (e mais duráveis, fáceis de usar, ecológicos, etc) não denigre o produto em si, pelo contrário, o “computador popular” não é aquele baratinho ordinário que vem com software livre porcamente instalado e que o usuário formata e põe um Windows pirata. Essa é a definição do governo. Computador popular é aquele que você liga e sabe usar, mesmo nunca tendo utilizado um computador na vida. O Mac fez isso décadas atrás. Ponto pra Apple. O iPhone / iPad fez isso de novo recentemente. Mais um ponto pra Apple.

    Isso não se ignora.

  18. Caros,

    Acho válido e respeito os comentários sobre o modelo de negócios aprisionador que a Apple sempre usou em seus produtos, razão pela qual não possuo quase nenhum deles (tá… tenho um iPod que não troco por nada). Que fique claro, não sou e nunca fui fanboy da Apple nem babador de ovo de Steve nenhum.

    Não vou me extender aqui escrevendo sobre os side-effects da criticada App Store, que provou que a microeconomia de aplicativos pode de fato existir, e que permitiu a validação do modelo de negócios para a criação de iniciativas similares como a loja de aplicativos do Android (que com certeza muito dos que criticam o cara carregam no bolso da calça). Quando é da Apple, é aprisionador, quando é do Android é libertador ? Uma busca básica no Google vai mostrar a todos diversos casos de garotos adolescentes que desenvolveram pequenos aplicativos para o iPhone e que hoje são empresários de sucesso, desenvolvendo até aplicativos gratuitos e alguns deles envolvidos também em projetos OpenSource.

    Também não vou falar aqui sobre o efeito iPad no mercado, provando que tablets eram possíveis e viáveis, criando novamente um mercado gigantesco para os Galaxy Tabs, e Xooms que temos hoje em dia. O cara tinha um culhão do tamanho do universo e quando acreditava em alguma coisa, apostava alto nela.

    Confesso que me surpreendeu ver descrito que ele era “contra o compartilhamento”, pois há anos (e bota anos nisso) eu acompanho (mesmo que de longe) o desenvolvimento do Darwing (http://en.wikipedia.org/wiki/Darwin_%28operating_system%29) que é o core do IOS, MacOS X e Apple TV e é um sistema operacional em código aberto baseado no BSD. Em resumo, tudo isso que ele fez só foi na verdade possível por conta deste sistema operacional… se o mercado não abraçou o seu desenvolvimento, acho que a culpa não é bem do Steve Jobs, não é mesmo ?

    Lembro ainda do Darwing Streaming Server (http://dss.macosforge.org/), um servidor de mídia Open Source que até onde sei foi o primeiro a suportar streaming de MPEG-4, RTP e RTSP, lançado em uma época onde a maioria das pessoas sequer sabia o que era um padrão aberto.

    Vale apenas ainda dar uma olhada na página de Open Source da Apple (sim, ele existe e já faz alguns bons anos que está no ar) – http://developer.apple.com/opensource/

    Um exemplo de projeto Open Source da Apple que é utilizado pela IMENSA MAIORIA dos que escreveu aqui é o CUPS (http://www.cups.org/), o spooler de impressão padrão da imensa maioria das distros Linux e que foi desenvolvida pela… Apple !

    Dizer que o cara era um capitalista e que sabia jogar muito bem o jogo do mercado é válido, mas daí a dizer que ele era “contra o compartilhamento” é no mínimo desconhecer a história da TI. Como publiquei hoje no Twitter, as pessoas precisam aprender a diferenciar as coisas: “Blame the game, not the player” !

    Não existe santo na indústria de TI. Os que tentaram ser, morreram de fome, caminho que infelizmente vejo hoje ser trilhado por muitos colegas no mundo do Software Livre (/me included) !

    Saudações livres !

  19. @Roberto quem inventou o mouse foi a Xerox. No mais concordo com quase tudo que vc postou no seu comentário…

    jah o RODRIGO SAVAZONI… tem aquela miopia ideológica que faz com que ele escreva posts como este…. que lembram muito mais um comentário de um fanático de futebol a respeito do seu time do que alguma “avaliação” relevante…

    bem… contra OPINIÕES não há argumentos… o RODRIGO SAVAZONI tem a opinião dele que consegue ver o lado negativo…

    descordo completamente que Stive Jobs era contra a palavra “colaboração”… suponho que não era… afinal de contas… querendo ou não… gostando ou não da palavra… deu uma grande colaboração para revolução digital… massificando produtos/tecnologias que permitem trabalhos incriveis… e sim… ganhou dinheiro com isso um “crime” para os comunistas retrogrados… que tem dificuldade em “ver poesia” fora miséria…

    e a colaboração é invencível…

  20. Jomar,

    Vamos lá. Duas coisas:

    1. O Open Source como alternativa econômica (racional) é algo que vem sendo explorado pela maioria das empresas. Aqui eu te repasso o link da Microsoft: http://www.microsoft.com/en-us/openness/default.aspx. A questão que procurei ressaltar nesse pitaco rápido, contra toda o endeusamento (que surpreendemente vejo você partilhar) que invadiu os meios de comunicação, é que a palavra e o discurso da colaboração nunca esteve no centro da visão estratégica da Apple. Muito pelo contrário.

    2. Não vou discutir com você conhecimento ou desconhecimento sobre a história da tecnologia. É muito raso debater dessa forma. O que você sabe? O que eu sei? O que procurei fazer com as indagações lançadas no texto foi, tomando essa comoção desmedida pela morte de um empresário, levantar que existem outros caminhos para se construir uma sociedade, não baseada no modelo de jobs. Engraçado que todas as defesas que se faz passam por ele ter produzido novos desejos, com enorme maestria. Não nego isso, só acho que o debate em curso deve enfocar onde isso nos leva.

    E mais algumas outras questões:

    Não pretendo morrer de fome. Mas também não quero negociar as minhas ideias para além do que tolero. Vejo as dimensões contraditórias em curso. É evidente que – apesar do determinismo e da crença pueril de alguns no determinismo tecnológico – a mesma arma que liberta pode aprisionar. Me parece óbvio que certos usos sociais abrem possibilidades inéditas de fomento do consumo e controle, mas também se tornam dispositivos de uso crítico e criativo das mídias existentes – como diz a professora Giselle Beiguelman. Essas são as contradições contemporâneas. Esse é o nosso tempo.

    O pessoal que não sabe conversar gosta de tachar. Fulano é isso. Ciclano é aquilo. Sejamos isso e outra coisa também. Um tempo atrás um cara bacana dividiu os processos em um novo dualismo (apesar de serem reducionistas, eu gosto deles): de um lado, os que cercam o conhecimento livre, de outro, os que estimulam o compartilhamento (na prática e no discurso). De que lado, pra vc, Jobs estava? Eu não tenho dúvidas….

    Abraços,

    2.

  21. Ao contrário da MS, a Apple segue e defende Web Standards.

    “O pessoal que não sabe conversar gosta de tachar. Fulano é isso. Ciclano é aquilo”

    “um cara bacana dividiu os processos em um novo dualismo (apesar de serem reducionistas, eu gosto deles): de um lado, os que cercam o conhecimento livre, de outro, os que estimulam o compartilhamento (na prática e no discurso). De que lado, pra vc, Jobs estava? Eu não tenho dúvidas….”

    Devo concluir que você não sabe conversar? Hmmm…

  22. @Savazoni

    Não estou endeusando ninguém, apenas não concordo que se feche os olhos à realidade. Como já disse, não sou fanboy da Apple mas estudo e acompanho a história da empresa e da sua tecnologia desde os anos 80, quando aprendi a programar em BASIC usando um Apple ][ (era o que tínhamos na escola) e depois na faculdade sendo desenvolvedor de software em assembler para o microprocessador 68000 da Motorola, base da tecnologia que a Apple utilizou durante um bom tempo.

    Também estou do lado do conhecimento livre e do compartilhamento. Não acredito que o Jobs estivesse de um lado ou de outro: ele estava do lado dele.

  23. Não entendi, Rodrigo.
    Reduzir um terceiro a uma posição dentro de um sistema dual (e um tanto maniqueísta) não implicar estar tachando esse indivíduo? Isto apenas ocorre quando nos referimos ao próprio interlocutor?
    Seria isso?

  24. @Xerox

    Quem inventou o mouse foi o engenheiro eletrônico  Douglas Engelbart, nascido em Portland.
    Ele fazia parte de um grupo de pesquisa para facilitar a interface entre o homem e a máquina.

    Erramos.

    Mas mesmo assim obrigado por corroborar com quase tudo que eu disse.

  25. Texto xiita, o autor defende uma lógica de ‘colaboração’ que dentro dos padrões ‘dele’ torna Jobs um inimigo: desse jeito é fácil (vale até gol de mão). Aposto que ele roda um Macbook Pro com Ubuntu.

  26. @Roberto,

    O Jobs trouxe o mouse ao mercado consumidor. A direção da Xerox não tinha muita expectativa nem interesse no aparelho, apesar da resistência da equipe responsável.

    Da pra ver um pouco dessa história no filme “Piratas de Sillicon Valley”

  27. Carlos Henrique Machado

    Acho que alguns não compreenderam a forma do desenho que o impecável artigo tem,. Primeiro, como disse Machado de Assis… “Fulano morreu, podemos elogiá-lo agora”. O segundo é esse vira-mundo tutelado pela mídia que não acredita em ninguém que não seja um herói. Tenho dito incansavelmente que o processo de abertura da nova história da humanidade que promove um turbilhão de ideias e interpretação de fatos é um espírito novo que deixa muita gente num estado de orfandade. Como caminhar sem mitos, gênios, deuses, ícones, revolucionários e mais um monte de títulos típicos do capitalismo pré-histórico? Qualquer feira que pendura alhos em barraquinhas, venderá aquele em especial como sendo a maior das réstias e, neste caso a qualidade do alho fica em segundo plano. E na música não é diferente, estamos consumindo-a com os olhos por conta de uma ordem transnacional chamada atitude, aquela coisa de excelência que faz com que um mortal não passe na cabeça da agulha, apenas o tanque dos ianques. Steve Jobs era um gênio da propaganda, da auto-publicidade de fazer inveja a qualquer pastor ou vendedor de medicamentos, ele simplesmente estudava cada movimento que faria no dia do lançamento de seu produto que, por sua vez, tinha grande qualidade e adaptabilidade para construir novos mercados e fazer de sua própria imagem um sucesso empresarial. Era um homem absolutamente perfeito para esse novo modelo de capitalismo. Mas como foi muito bem escrito no texto, queria a informação sob as suas rédias, assim como os holofotes. Parece que se inspirou no livro “O Maior Vendedor do Mundo ” de (Og Mandino)

  28. O grande trunfo dessas estrelas do mercado é que eles controlam os institutos de tendencias tipo gartner. Induzindo o mundo na direção certa dos seus protótipos.

    O Ipad so´ vingou porque as pessoas ja estavam sendo condicionadas a se comunicar com SMS.
    “legal” “te pego mais tarde” “te vejo amanha” etc…
    O texto precisava ser reduzindo na comunicação pra se adaptar na usabilidade dos dispositivos a serem lançados.
    A grande ditadura moderna é “limitar a expressão de um pensamento em 140 caracteres”. E ainda chama isso de rede social.

  29. Isso é discussão de opinião. Tô fora….Deixo vocês com a citação de um cara foda da comunidade ruby.

    “When you do not create things, you become defined by your tastes rather then your ability. Your tastes only narrow & exclude people. So create” – Why

    Isso está dentro do limite de 140 caracteres.

    Over and Out.

  30. Que texto é esse? Houve pesquisa?

    Web apps, HTML5, se a Apple não impulsionou essas tecnologias, não sei quem foi.

    A Appstore é da Apple, ela manda lá, por outro lado se vc não concorda com as regras dela pode desenvolver suas (web)apps em HTML5.

    Nunca li tanta besteira, e o tom já fica claro na questão dinheiro x câncer. Lamentável.

  31. Desculpe @Carlos Henrique Machado, mas laurear um texto, adjetivando-o como incrível, impecável, não o torna, efetivamente, digno de tais adjetivos.
    O que vejo é um texto míope, carente de fontes, informações e conhecimento mínimo do assunto. Uma opinião deve ser tratada como tal: somente uma opinião. Não merece ser considerada um análise sobre um fato.
    Como opinião (e uma opinião canhestra, viciada) posso dar o mérito ao artigo. Afinal, uma visão discrepante do mainstream é sempre bem vinda e merece ser analisada em sua magnitude. Mas dizer que isso está embasado numa realidade mais abrangente é uma tanto demasiado, não só pra mim, mas para qualquer um.
    Não se trata de uma questão de endeusamento de Steve Jobs (isso é ridículo em qualquer análise), mas somente de reconhecer os méritos de sua jornada no campo da tecnologia. Nossa forma de lidar com a tecnologia hoje em dia é, em grande parte, resultado das “invencionices” de suas empresas (SIM, empresas, que, como tais, visam dividendos)
    OK, “isso é uma mazela do capitalismo” ou então “isso é resultado desse sistema opressor”… estas são questões que merecem uma análise a luz de um enfoque muito mais amplo. Como já foi dito anteriormente “Blame the game, not the player”. Dentro do que se instaura como “jogo”, o trabalho de Jobs está longe de ser dos piores.
    Nesse momento o que vejo aqui é a demonização de Jobs, o que me parece tão equivocado quando o endeusamento combatido no texto. Texto aliás que já se inicia de forma (no mínimo) deselegante ao tentar, de forma implícita, imputar um ar de “justiça divina” ao câncer que acometeu Steve Jobs. Afinal, o autor, ao escrever “Steve Jobs morreu, após anos lutando contra um câncer que nem mesmo todos os bilhões que ele acumulou foram capazes de conter” não está fazendo nada mais do que instaurar relação de causa e efeito, como se o câncer tivesse sido um castigo pela forma que Jobs guiou sua trajetória empresarial.
    Foi desrespeitoso e, no mínimo, infantil.

  32. Ele foi genial, sem dúvida. O design e funcionalidades de seus produtos expressam bem isso. Mas ele poderia ter feito muiiito mais em vida em favor do software livre e do compartilhamento. Desperdiçou uma grande oportunidade ao meu ver.

    Rest in Peace.

  33. Nunca tive um “I-sei-lá-o-quê”. Sendo assim, Jobs não me fará falta.

    Não me importa o que ele criou ou deixou de criar.

    Gênio, no meu caso, será o cara que piratear (no fundo do quintal) os produtos da Apple, porque esses eu poderei comprar.

  34. báh, não consegui acompanhar o debate que a publicação causou, ficamos no texto original, então… penso um pouco assim em relação aos marqueteiros, ou será marktingqueiros, no brasil… cheguei a imaginar que duda mendonça e Nizan Guanaes, antes de virarem político em propaganda de produto sabonete, eles reuniam uma pá de maluc@s numa sala onde rolava tudo de bom e depois ficavam só anotando as melhores ideias, as maiores viagens e transformavam isso em publicidade de algo inovador, ou tornavam algo uma inovação, pela criatividade e beleza… teve uma época no brasil que assistir as propagandas da tv eram muito mais divertidas e interessantes do que a grade fixa da programação… pois é… de repente, tudo ficou mesma coisa… hoje em dia não se sabe qual é mesmo a diferença da novela com o tele jornal… teve até uma novela que a atriz foi assassinada porque levou o personagem prá cama… espetacularização da banalidade… ou o espetaculo da banalização… daí morre esse moçoe me vem à lembrança do Brizola no enterro do roberto marinho… uh?… parece estranho, somente a morte é capaz de superar tudo… somente dela temos certeza… o steve jobs esteve em porto alegre no primeiro fisl, na condição de anõnimo e desconhecido… bermuda, sandalia de couro com sola de pneu, meias trocadas, aparentemente um nerd como tantos outros qualquer que lá se encontravam… se era ele, não se sabe… diziam que era ele… não foi palestrar, dividir, compartilhar… foi procurar, descobrir, se apropriar… se era ele?… sei lá… o que soube é que depois disso veio a “noticia” que a plataforma do mac era em software livre, porém fechada… uns dizem que é linux, outros que é unix… mas a ideia que a plataforma é em software livre ninguem contesta, sabe-se somente que foi desenvolvida em sl mas que é de propriedade da apple… tbém depois disso o fisl meio que abandou a ideia de comunidades e passou a exibir empresas, negocios… talvez porque seu objetivo maior fosse mesmo a disputa de mercado… teve um tempo que se tornou chato, até a globo adotou SL, até a globo tinha stand(é isso?) na feira do fisl… nesse 2011 o fisl estava inquietante… chegamos a conclusão que ainda se mantém como encontro de afetividades, cada um no seu espaço em lugares diferentes… empresas, governos, negocios… mas aquela identidade, que tbém steve jobs aparentava, todos transmitiam… gostos saber que fulan@ está no governo mas seus ideais continuam prevalecendo, tanto qto beltran@ que dirige tal empresa, ou cicran@ contratado por mega dominio que conytrola e distribue tal produto, ferramenta, serviço que controla e domina tal campo da necessidade humana… dá prá entender? … o cara teve a oportunidade de concretizar varias pirações de muita gente coletivamente, porém, num mundo de mercados e sociedades de contratos ele ficou com a maior parte… quem trabalha prá apple, google, microsoft, youtube, facebook sabe e aceita vender sua força de trabalho por uma pequena parcela razoavel… acho um saco ficar endeusando ou endiabrando qualquer sujeito… os defeitos e qualidades desse guri são humanos, demasiadamente humanos… nem sei mesmo porque entrei nessa conversa.

  35. Nossa… Que saco.

    Se existe tamanha divergência num espaço tão pequeno, imagino o porque do mundo ser tão desigual… ¬¬

  36. O fato de Jobs nao ter feito produtos livres o torna um inimigo do povo? Gabriel Garcia Marquez também vendeu sua obra, que é comercializada em formato proprietário. É inimigo tambem?

    O livro do Benkler citado é fraco (pelo menos nas 50 primeiras páginas) e Benkler está em Harvard, que é o maior centro da distinção, do exclusivismo, da diferença social, da seleçao natural do mundo hoje, mas ele, seu livro (disponibilizado apenas em formato proprietário) e Harvard estão livres de críticas.

    Acho válido o ponto sobre o endeusamento midiático de Jobs e o post já valeu a pena por ser polemico e estar gerando este debate de alto nivel.

    . Colaborar e tomar decisões centralizadas são estratégias e funcionam mais ou menos dependendo da circunstancia. Posso usar um produto Apple para colaborar, como estou fazendo agora.

    Um sindicato, um partido e um presidencia da republica sao instituiçoes que colaboram em um certo nivel, entre pares, e impõe suas decisões em outro nivel. Por que não criticamos esses modelos que também materializam a lógica proprietária no ambito da política?

    Dou parabens ao Jomar, que fez um comentario corajoso, acima da lógica do “nós” contra “eles”.

  37. Andre Dourado Courado Ipsens JrIII

    Nosssa! COMO isso rendeu hein! Eu que pensei que essa comunidade estava semi-morta (visto que tem tempos que somente uns gatos pingados comentam, QUANDO comentam…) bastou o assunto “certo” e caíram em cima com os comentários… (mais de 40! lol!). Não li todos. Na verdade não li quase comentário nenhum, mas vai aqui minha contribuição:

    Tem gente se lamentando que Jobs em vida deveria contribuir para o compartilhamento, o social, e talz. Concordo. Mas, não devemos ser tão duros. Afinal ele era um empresário. E pior, um empresário norte-americano. Ali naquela pátria todos são doutrinados, desde cedo, que a GANANCIA é a chave do sucesso, da vida, e da felicidade. E que só a ganancia constrói. Então dou um desconto pra ele… Se fosse dono de multinacional do entretenimento ou advogado da mesma, que viveu processando internautas e fazendo leis anti-povo até condenaria seu nome aos calabouços do inferno depois de morto fisicamente. Como não é o caso tb a condenação não precisa ser tão brutal, mesmo por nós.

    Na verdade, o nome de Jobs não ficará na HISTÓRIA (nos livros de história – daqui há 100, 200, 300 anos, enquanto houver essa sociedade mundial que aí está, a humanidade) por causa de suas quinquilharias pros riquinhos de plantão (I… alguma coisa…) e seus computadores Apple hiper caros… isso é apenas choramingo desta mídia elitista que está representando os riquihos orfãos que ficaram sem seus mimos garantidos. Nem mesmo a loja virtual vendendo música, pois isso não foi NADA revolucionário, como querem crer a mídia.

    O verdade legado de Jobs, e que perdurará aos livros de história foi ter, na verdade, possibilitado que os computadores pessoais chegassem aos lares. Ou seja, seu nome fica na história por ser o primeiro empresário a apostar sua capacidade em juntar recursos para fabricar (acreditando na ideia) e vender o Apple II, nos idos de 1977… Nessa epoca nem existia o IBM PC, e os micro computadores eram apenas projetos curiosos, sem muita serventia, criados por geeks geniosos da computação. Na verdade Jobs nem criou o Apple II (o verdadeiro genio se chama Steve Wosniak, seu parceiro inicial – que ficou na Apple até o projeto seguinte: o Apple Lisa, o 1ª com interface gráfica e mouse) ele apenas “sanguessugueou”, se aliou, ao tecnico que o criara. Mas sem Jobs, o Apple II estaria estacionada na garagem de Wosniak até hoje. Foi Jobs que empresariou a empreitada, economica e publicamente, vendendo a ideia, arrumando fundos e produzindo o Apple II (primeiro em forma de kits e depois montando pronto para uso por qq um) em massa.

    Sem Jobs não se sabe como isso daria. Pq a IBM não queria micro computadores domesticos (so entrou timidamente em 1981, com o PC, depois que o Apple II se provou sucesso…). Ng teve a visão empresarial, confiança e coragem dele para apostar. Então ele entra para a história por ter dado este pontapé (apesar de não ter criado o Apple II, apenas possibilitado sua existencia fora da garagem de Wosniak e acessivel ao publico em geral).

    Claro que depois do Apple II ele será lembrado como o empresário que possibilitou o lançamento do 1º computador com interface grafica e mouse, que lançou as bases atuais, ainda mais acessivel e interessante ao povão… O Apple Lisa (depois Macintoshi), de novo “sanguessugueado” de alugém, no caso de engenheiros da Xerox.

    Sanguessugueado sim. Mas de novo, sem ele isso não teria existido naquela epoca. E sabe-se lá se hoje, que rumo teria.

    Então a importancia de Jobs é essa, antes dele ser despedido. Sua volta em 97 ou 98, e os apetrechos “pros riquinhos” que ele criou depois (Macbook, I-phone, etc) não vai entrar para a história, não significa grandes mudanças de paradigma reais. O que vale foi mesmo o que possibilitou existir no inicio, o Apple II e o Lisa/Macinstosh. E curiosamente ambos chupinados de alguém (rsrs). Suas proprias criações (em especial os belos e funcionais designs) pouca coisa realmente mudou, ou melhor, nada mudou de paradigmas e revolucionário, provavelmente nem constará dos livros de história daqui há 100 anos. Mas o pontapé inicial, o Apple II e o Lisa, sim. Pq deram inicio a uma nova era real.

  38. Valeu pela passagem Juliano,

    Eu acho ótimo o comentário do Jomar também. E principalmente a resposta final à minha pergunta: De que lado Jobs estava? Do lado dele. Isso explica muitas coisas, inclusive como o HTML 5 e os Web Standars são úteis quando temos que detonar um adversário como a Adobe, entre outras disputas “internas” ao mundo empresário que mobilizaram suas atitudes. Sempre esteve com seus interesses adiante. Normal para um empresário, cuja sagacidade o levou a investir nos computadores pessoais. Pergunto-me, no entanto, se essa é a fábula que queremos perpetuar?

    O Andre, logo aqui acima, também mandou bem, ao lembrar que “foi Jobs que empresariou a empreitada, economica e publicamente, vendendo a ideia, arrumando fundos e produzindo o Apple II (primeiro em forma de kits e depois montando pronto para uso por qq um) em massa.” Isso é inegável. Já seria feito suficiente para uma vida inclusive.

    O ponto que esse rápido pitaco procurou levantar, com um único objetivo de não deixar de registrar que há outras dimensões para interpretar o que Jobs produziu, coisas que no momento do endeusamento pós-morte não costumam vir à tona. O que me moveu a escrevê-lo, ainda sabendo que poderia soar deselegante, uma vez que Jobs acabara de morrer, foi tentar estimular essa reflexão. Consequentemente, diante do uníssono das homenagens, o texto procura o contraponto, a linha de fuga, e daí o tom “nós” contra “eles”.

    Contradições estão postas. É possível sim usar um Mac para colaborar. É possível usar uma arma com um cravo no cano, feito um vaso, para simbolizar uma nova era. Podemos socialmente dar os sentidos dos artefatos, mas quando eles são criados, em certas circunstâncias, carregam consigo uma visão política do que pretendem. Como foi que o computador se popularizou no mundo em desenvolvimento? Quais são as máquinas que rodam nas periferias? Isso tem uma razão, não tem? Quem são os consumidores anuais dos produtos “genialmente” criados para serem anualmente descartáveis?

    Há uma visão política nas atitudes de Jobs e da Apple. É isso que também precisa ser debatido. Alguns irão se aliar. Outros poucos irão se rebelar. Não estou discutindo produtos, estou discutindo ideias. Quanto a isso, não mudaria uma vírgula do que escrevi, muito apressadamente. Talvez, escrevendo com mais calma, e não no calor da hora, explicitaria melhor as contradições. Por ora, no entanto, vendo o excelente debate que se travou por aqui, já me sinto satisfeito.

    Um abração,

  39. Há um IMENSO ERRO sobre o Steve Jobs, ele NÃO INVENTOU O MOUSE coisa nenhuma, muito menos a interface gráfica.

    Quem INVENTOU O MOUSE E A INTERFACE GRÁFICA foi a Douglas Engelbart, com a patente nr. 3.541.541 nos EUA datando de 1970. O problema é que o projeto em que trabalhava DOUGLAS ENGELBALT era público e o governo norte-americano fechou. Douglas Engelbart foi trabalhar na Rand-XEROX e os brilhantes CEO’s desta corporação acharam ridículo um periférico que se chamasse RATO. Venderam por US$40.000,00 para o Steve Jobs, que vinha de um lançamento fracassado de um computador conseguiu sucesso através de práticas nada leais perdendo inclusive uma ação para a Xerox vide (http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/10/historia-da-apple-e-permeada-por-acoes-judiciais-com-empresas.html).

  40. @Rodrigo Savazoni,

    Você tocou no ponto nevrálgico da coisa… realmente, a discussão não está no produtos! Está nas ideias, e no como estas são expostas. Já disse anteriormente que o texto é de valia ao promover um olhar diferente do mainstream que estamos vendo na mídia (fato somente corroborado pelo grande número de comentários).
    A questão está mais na forma (sim, me desculpe mas ela faz diferença), do que no conteúdo. Por vezes, uma forma equivocada empobrece, enfraquece o contéudo. Essa relação, quase dicotômica, em que o endeusamento combatido deve ser contraposto com demonização do sujeito em questão me parece um tanto exagerada.
    Essa relação leva a extremos… e o extremismo nunca é uma boa via de diálogo.
    O resultado? O que vc mesmo afirmou: um texto apressado, pouco pesquisado, que peca por não explicitar melhor as contradições; e, por não fazê-lo, soa desmedidamente verborrágico e agressivo.
    Contudo, a despeito de tudo aqui exposto nos diversos comentários, sua afirmação de que não mudaria uma vírgula sequer do original demonstra uma arrogância tão juvenil que vejo essa discussão não sairá do já envelhecido “nós” contra “eles”.
    Uma pena!

    grande abraço

  41. Sylvio do Amaral Rocha

    Muito bom o post! Li todos os comentários e posso dizer que aprendi algumas coisas. Não sei nada de ti e não manjo nada de nada neste assunto. Gostaria de contribuir com o debate dizendo que o final cut (software) que eu uso diariamente mudou toda a indústria do vídeo/cinema. Como a Apple (como foi dito) colocou o computador de uma forma amigável nas residências, o final cut possibilitou a edição de vídeo em plataformas super baratas e muito seguras. Ainda hoje o final é referencia. Eu e meus colegas agradecemos muito o fato do final ter aparecido. (já existia software de edição de vídeo “caseiro” mas não como o final)
    Sem endeusar e nem mitificar nada: agradeço a Apple por me trazer uma máquina segura e de fácil utilização. Lembro que quando usava pc, sofria muito com a interação com a máquina. Posso dizer que instalar um programa era uma aventura e tanto. Meu primeiro mac tem mais de 12 anos e ainda uso para ajudar em processos de edição de vídeo. Para quem não manja nada disso e só quer usar o software a Apple ajudou muito.
    Outra coisa importante a ser dita é que os usuários de Apple não são boyzinhos que querem mostrar seus Iselfs para todos. Vários profissionais ( e eu me incluo aí) usam Apple por que uma outra máquina iria precisar de um técnico para garantir o funcionamento ou iria custar o triplo do preço.
    Claro que eu gostaria que a Apple, gratuitamente me deixasse usar suas máquinas. Sairia mais barato para mim e para o meu cliente. Mas, será que a empresa ainda existiria?
    E por fim deixo um abraço em todos e um especial para o autor do texto.

  42. O que mais me chama a atenção é: Porque discutir isso tudo agora, com a morte de Steve Jobs? Ah…pelo número de comentários, já entendi.

  43. Leo Balter, só para constar sobre o webkit:
    “The code that would become WebKit began in 1998 as the KDE project’s HTML layout engine KHTML and KDE’s JavaScript engine (KJS). The name and project ‘WebKit’ were created in 2002 when Apple Inc. created a fork of KHTML and KJS.” – http://en.wikipedia.org/wiki/WebKit

    Na minha opinião ela só melhorou e só manteu open source porque não podia fechar, uma vez que é gpl.

  44. Rodrigo,

    Nesse seu último comentário, você já escreveu bem melhor do que no texto. O texto tá bem ruim, viu. E o seu título é um horror: sensacionalista e antipático. Como o Andrew falou nos comentários, você deveria pensar na forma porque sua ideia se perdeu completamente. Se você queria fazer um obituário alternativo do Steve Jobs, e essa é uma ótima ideia, você deveria trazer as contradições de uma pessoa que foi hippie e se tornou dono de um tesouro da economia de mercado. Mas você preferiu algo tão infantil quanto o endeusamento que é a demonização. É uma pena, porque o obituário do Steve Jobs pode gerar tanta discussão proveitosa, sobre a homogeneização de estilos de vida, sobre como a tecnologia pode passar de opção a necessidade, por que ao invés de usarmos a tecnologia para estimularmos a diversidade a gente acaba aniquilando as diferenças.

    A questão dos bilhões que não compraram a imortalidade, eu não entendi a função. Achei bobagem.

    Quanto à questão dos 140 caracteres, a melhor frase que eu li sobre o Steve Jobs foi de um colega de trabalho dele, Guy Kawasaki, e é curtíssima: “Steve proves that it’s OK to be an asshole.” Com tanta concisão, ela coloca o Steve Jobs entre o endeusamento e a demonização.

    Mas parabéns pelo debate que você produziu!

  45. verdadeiramente, Jobs nunca foi santo, foi sim um tirano de sucesso, mas realmente contribuiu muito, com tudo que usamos aqui pra reclamar dele inclusive, mas dia a achar que Edson foi diferente? Edson só tem a maiorias das patentes registradas nos EUA, por que agiu do mesmo modo que Jobs, procurem ler sobre Nicola Tesla e a guerra das correntes e vão entender, se Tesla não tivesse sido massacrado por Edson, a gente nem pagaria pela energia elétrica que consome.

  46. Ontem mesmo vi a clássica entrevista dele e do Bill Gates juntos… e quando eles são perguntados sobre o que gostariam de ter do outro o Bill Gates fala que gostaria de ter uma maior compreensão das pessoas e não uma mente tão de “engenheiro” e o Jobs fala que gostaria de ter essa capacidade de se relacionar abertamente com os outros (claramente falando sobre a tal colaboração)…

  47. Flavia Stefani disse:

    Me mostrem um produto melhor que o dele que foi feito de maneira colaborativa.

    Afe, esse foi duro de ler! Flavia, o Jobs não fez nenhum produto sozinho, muita gente colabora no desenvolvimento de qualquer produto. Se ele realmente tivesse feito algo sozinho, ele seria um Deus e como já foi mencionado nestes comentários, a Apple inclusive aproveita/ou muita tecnologia livre, que é feita de forma colaborativa. Aliás, acho que este é o ponto deste artigo: Jobs não era um deus, era um cara que, apesar de sua inegável competência, com seus produtos e empreendimentos disseminou e incentivou valores bastante controversos, como consumismo exagerado e o cerceamento de acesso à cultura. A morte não o exime de seus erros e não é justificativa para sua glorificação.

  48. ótimo post! Foi no “x” da questão: reconheceu a genialidade técnica de Jobs, mas também o grande prejuízo que ele trouxe à revolução digital! Parabéns.

    Uma sugestão sobre o blog: o contraste de cores dificulta a leitura, principalmente na parte da imagem de background. Talvez uma letra mais “amarelada” facilite as coisas.

    Saudações libertárias!

  49. Pelo visto o blog só tem anjos de candura. Sem defeitos, sem vícios, sem pecados.

    Com licença. Vou ali vomitar.

  50. Paulo Penteado Filho

    Vejamos os fatos (alguns)…

    Quem popularizou o computador pessoal foi a IBM, com uma arquitetura de hardware aberta e um sistema operacional proprietário. A Apple criou computadores caros para uma pequena elite (10%), ainda menor do que a que consome PCs (90%), com uma arquitetura de hardware proprietária. A IBM já havia lançado, antes do Apple II, um micro computador para uso em empresas, que não obteve sucesso mercadológico. Na época do Apple II já havia uma dezena de máquinas semelhantes produzidas também artesanalmente, sendo o Altair um dos primeiros a fazer sucesso comercial. (http://pt.wikipedia.org/wiki/História_da_computação)

    A interface das “janelas” do Lisa e do Windows foi pensado conceitualmente num artigo de 1946 e já havia sido implementado em termos práticos no Instituto de Pesquisa de Stanford, por uma equipe liderada por Douglas Engelbart, durante a década de 1960. Essa interface foi aperfeiçoada por pesquisadores da Xerox PARC “que foram além da interface de texto, usando uma interface gráfica como a principal interface do computador Xerox Alto, que influenciou a maioria das interfaces gráficas modernas desde então”. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Interface_gráfica_do_utilizador)

    A Internet foi resultado de um projeto governamental militar – e depois universitário – e toda a sua tecnologia básica, foi criada de forma aberta, inclusive a Web, por Tim Berners-Lee, um físico britânico, cientista da computação e professor do MIT em cooperação com o CERN – Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire. O primeiro web browser de sucesso, utilizando janelas na Internet, foi criado na NCSA – National Center for Supercomputing Applications, da University of Illinois at Urbana-Champaign, onde foi desenvolvido o Mosaic, depois Netscape, open source e gratuito, cujo código foi parcialmente utilizado pelas versões iniciais do Internet Explorer. (http://www.ncsa.illinois.edu/Projects/mosaic.html)

    Moral da História:

    O desenvolvimento do conhecimento e da tecnologia através dos tempos sempre se deu através de um processo coletivo e cooperativo, o que não tira o mérito de alguns indivíduos que dão contribuições importantes.

  51. Paulo,

    Gostaria de ter escrito o seu comentário. Sensacional.

    Ressalto que há aqueles que cooperam, compartilham e que fazem disso um discurso para o planeta. E há os que fazem muito bem algo, apenas para si. Eu não teria esse segundo tipo como exemplo. Jamais.

    Abraços,

  52. Jobs não inventou o mouse, ele apenas percebeu que a descoberta feita pela equipe de P&D da Xerox, seria útil para popularizar o uso dos computadores junto com uma interface gráfica amigável. Agora Comparar os feitos de Jobs, a Einstein foi o fim da picada. O cara nada mais foi que um bom designer de produtos, como já foi frisado por muitos aqui. E quase todos os seus produtos foram apenas montagens – software e hardware desenvolvidos por outras pessoas -. Teve uma visão extraordinária em alguns aspectos, mas, muitissima coisa é fruto de uma jogada de marketing ultra agressiva que leva pessoas que não tem a mínima necessidade, consumir produtos os quais suas funcionalidades não serão utilizadas nem em 20%. Sou desenvolvedor de software e até hoje não enxerguei utilidade alguma num tablet por exemplo. Gênio porra nenhuma.

  53. Quem fala mal da Apple é porque nunca teve um.Os caras dominam o mercado simplesmente porque não há ninguém que faça o trabalho tão bem quanto eles, já tive celular das melhores marcas e modelos, nenhum tão responsivo quanto o Iphone.Por que então o samsung não fabrica um igual?se o mundo não tivesse visionários como o Jobs ainda estaríamos rebobinando fita K7 com caneta esferográfica. É certo que muita gente não tem acesso a tecnologia, muita gente também não tem acesso a comida também. Não dá pra atrasar o mundo porque algumas pessoas não tem acesso, na minha adolescencia eu não tinha acesso a internet porque não tinha grana, agora popularizou, mas nem por isso eu falava mal. Taí, agora vai dizer que a internet não presta, se fosse assim não estaríamos discutindo neste blog. Eu ainda não tenho muitos produtos que gostaria da Apple por culpa das taxas e impostos deste paiseco em que vivemos, mas tenho amigos que tem, o Apple air é sensacional, põe os outros netbooks no lixo. Nunca fui “Apple-maníaco”, mas sempre gostei de produtos bem feitos, de primeira linha, que funcionam de verdade, e com durabilidade e atendimento pós vendas decente. é só isso, quando as outras empresas resolverem contratarem profissionais que não admitam porquices daí sim vai ter concorrência. As pessoas endeusam o S. Jobs e a Apple porque revolucionou a meneira como as pessoas interagem com a tecnologia, se você entendesse um pouquinho de tecnologia e informática teria vergonha deste post, antes do Windows com o sistema de ícones(que a propósito o Bill Gates copiou da Apple) era tudo feito em linha de comando, o computador não era para o usuário comum, você, autor deste port, acha que as vovózinhas estariam hoje usando computadores se ainda fossem com linha de comando(vai pesquisar no google se vc não sabe o que é)?Nem você estaria usando, por isso é que era coisa de nerd. Se informa aqui antes de escrever besteira:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Computador_pessoal#A_Apple_e_a_populariza.C3.A7.C3.A3o

  54. No meu mundo perfeito o conhecimento é livre e as ferramentas para construí-lo e modelá-lo também são, mas isso não está acontecendo e ao ver seu post e alguns outros temo que realmente jamais acontecerá, que o conhecimento livre simplesmente é incompatível com o espírito humano (ou memético) e que a nossa mente coletiva simplemente não é capaz de construir as bases para o conhecimento livre.

    Jobs nunca foi um obstáculo para o OpenSource, ele apenas fazia seu trabalho com competência. Sabia o que as pessoas precisavam antes delas. Bill Gates também fez seu trabalho ao pegar carona nas ideias do Jobs e ao saber muito bem o que as pessoas queriam.

    A comunidade OpenSource poderia ter lucrado com esses homens, poderia ter absorvido o conhecimento deles para produzir ferramentas que eles jamais poderiam produzir por estarem presos à propriedade intelectual.

    Isso não foi feito…

    Em vez de atribuir a Jobs poderes mágicos para deter o OpenSource e impor sistemas fechados deveríamos nos perguntar porque as pessoas preferem o fechado ao aberto?

    Devíamos nos perguntar porque grandes fabricantes de software que concorrem com a Apple e Microsoft como Adobe, Avid e tantas outras não lançam seus aplicativos em versão Linux? Garanto que não foi pela força do Jobs, mas por perceber que o universo OpenSource é hostil ao mundo de código fechado.

    Lembrem-se que Jobs e Gates foram ao mesmo tempo adversários e parceiros até o final. Outra lição que a comunidade OpenSource poderia aprender.

    A essa altura todas as pequenas empresas como locadoras de vídeo, lan houses, livrarias e restaurantes deviam usar Linux com sistemas de gerenciamento OpenSouce. A Apple tem ZERO de penetração nessas áreas que movimentam um capital enorme.

    No entanto isso não acontece. Já ouvi do pessoal de Lan House que aparentemente a comunidade OpenSource não tem interesse em desenvolver um sistema para eles pois são empresas voltadas ao lucro.

    Sim, lucro. A Terra contemporânea é capitalista.

    Os grandes inimigos do OpenSource não são Gates ou Jobs, o grande inimigo é a cegueira que assola a comunidade e continua levando-a a eleger anticristos para justificar a própria incompetência.

  55. A invenção mais incrível da Apple foi a Interface: a saida dos comandos DOS para as então geniais interfaces gráficas baseadas nas metáforas da “desktop”, das “janelas”, dos links. Copiadas por todos, a mesa de trabalho explodiu e ficou datada. Precisamos de um espaço sensorial, caótico, intuitivo, tátil onde se possa achar qualquer coisa em um click, passando a mão, tocando, olhando. Os dados como uma nova pele? Ou nuvens, galáxias, nebulosas, fluxos. Um mundo sem paredes. Quem vai inventar a próxima interface sensorial? A nova pele da cultura? O caos da minha mesa precisa de uma interface a altura. Claro que não dá para esquecer que o Jobs/Apple criou um sistema “fechado” e não investiu em software livre nem em compartilhamento, ficando na retaguarda da cultura livre. Resta a multidão comer a maçã e reinventar a Apple para os novos tempos. Na Santa Efigênia, em São Paulo, já inventaram faz tempo o Hackintosh.

  56. Marcos..não há 300 idiotas. Tem gente legal escrevendo aqui. Mas é assutador ver o que a era Pós-Capilé trouxe “à fama”.

  57. Steve Jobs cresceu sob as leis do capitalismo. Viu oportunidades e as vendeu muito bem. Quer desenvolvar a colaboração? Descole uma ideia genial e emplaque-a. É triste ver a esquerda (da qual faço parte) com esse discurso tão ultrapassado. Reinvente-se, colega! Utilize as armas em mãos.

    * postado via iPad

  58. Gostei de algumas coisas que li aqui, de outras nem tanto. Quando “avaliamos” alguém, quando lhe damos um valor, estamos a reflectir uma série de condições que nos acompanham (eu e a minha circunstância): afcetivas, estéticas, ideológicas… etc.
    SJobs não foi um deus mas foi um visionário!… e um bom negociador! Soube aproveitar as oportunidades mas não o conheci para o poder avaliar como ser humano. Do que a Apple produziu reconheço o seu valor… mas nem sempre foi original (Por exemplo, a FujitsuSiemens lançou um tablet há cerca de 10 anos, creio e o mesmo aconteceu com outros produtos). Não uso produtos da Apple (já usei no meu trabalho) pois são mais caros enao me permitem a necessária interactividade com os utilizadores Win. Claro que há aqui condicionantes de mercado ou não tivesse a Apple menso de 30% no mercado norteamericnao e muito menos (li algures, menos de 5%) no resto do Mundo!
    Obrigado pelo seu artigo, Rodrigo Savazoni , e pela discussão que ven suscitando.

  59. O mais engraçado é que tem gente muito corajosa que vem aqui para fazer críticas a certas pessoas e nem sequer se identifica.

    Fica atrás da moita, machão, fazendo comentários que não acrescentam nada.

    Seus fantasmas não são os meus, tio.

    Coitado.

  60. Obrigado Antônio,

    O exercício deste texto não tinha outro objetivo senão despertar uma discussão mais razoável sobre o legado contraditório de Jobs.

    Recomendo que leiam também os textos de José Murilo Jr., no Ecologia Digital, e de André Lemos, no blog Carnet Du Notes.

    Fiz-me radical para que eles pudessem expor o equilíbrio.

    Não tenho problemas em fazer esse papel.

  61. Bom texto Roney,

    Legal a visão de que a comunidade software livre tem de superar, por si, suas dificuldades.

    Este blog roda em WordPress, um exemplo de software e interface livre que devemos considerar nessa discussão.

    Abraços,

  62. vou dar um exemplo pessoal: tenho uma filha com paralisia cerebral, com sérias limitações motoras e de comunicação (ela não fala). passei anos tentando “adaptá-la” a um computador para que ela conseguisse uma “janela pra o mundo”. nunca consegui. havia iniciativas aqui e ali, isoladas, de um pessoal que se preocupava com esse tipo de público (pessoas com deficiência), ou seja: uma minoria invisível.

    depois de quase desistir dessa minha luta, finalmente veio o iPad. sim, o tablet que para alguém aqui em cima não serve para nada. pois foi a primeira vez que vi minha filha interagir com um computador, de forma intuitiva e orgânica (conceito, até onde sei, do senhor jobs para todos os produtos da apple)

    e, mesmo que jobs não tenha criado o que criou (e isso inclui o iPhone) especificamente para as pessoas com deficiência, ele criou (claro que com uma equipe) para TODAS as pessoas. é a verdadeira visão inclusiva das coisas. ele queria que fosse fácil para todo mudo. e aí todo mundo foi beneficiado. desde a sua mãe que não sabe lidar com tecnologia até pessoas com dificuldades motoras e/ou cognitivas.

    vejam aqui esse texto “Steve Jobs e a revolução na área da deficiência”: http://www.inclusive.org.br/?p=21254

    eu acho que, independentemente do que ele fez ou deixou de fazer e se ele tem um lado vil, a impressão que eu tenho é que ele era um homem de “conceitos”. o que o diferenciou na área tecnológica, onde as cabeças são “técnicas”. eu acho que ele pensava em gente, quando pensava nos produtos. foi isso que o fez ser genial.

    e, para tudo isso acontecer, numa realidade capitalista, ele criou um modelo de negócios. que a gente pode criticar ou não, mas que viabilizou o grau de inovação e qualidade dos produtos da apple.

    e se a gente parar para pensar: um iPhone ou um iPad não são tão caros assim para um cidadão americano. o problema é que eles chegam três vezes mais caros aqui pra gente no brasil.

    enfim, toda vez que vejo minha filha usando seus dedinhos na tela do iPad, eu agradeço de joelhos ao senhor jobs.

  63. Jobs foi um revolucionário, assim como é Bill Gates. Primeiro porque contratou para trabalhar com ele os melhores e mais competentes. Segundo, porque a Apple é um sucesso, são os melhores aparelhos e que mais integram. Na Europa o Iphone está em todo o lugar sendo utilizado por pessoas de todas as classes. Essa vai ser a realidade brasileira em pouco tempo, se continuarmos fazendo a necessária inclusão social. O texto é típico de uma certa esquerda que está em extinção, exatamente porque não consegue entender as nuances dos nossos interessantes tempos.

  64. Cris,

    Já vivi uma experiência semelhante. Um primo/sobrinho que tem um problema de paralisia cerebral que utiliza a interface de toque de tela. É sem dúvida uma perspectiva importante de abordagem, e no caso, ela não é circunscrita aos produtos da Apple, mas sim a interfaces outras, que se adequam às necessidades dos portadores de deficiência.

    Obrigado pelo seu comentário,

  65. Oi Fernando,

    Não tenho Iphone. Mas é inegável a qualidade do seu toque de tela.

    Não tenho Mac. Prefiro produtos mais adaptáveis ao SL. Mas para quem trabalha com imagem é inegável a qualidade dos softwares.

    Tenho um Ipod de 2005, grandão, que descobri recentemente, não é compatível com o dock station da Onkyo, que comprei para ouvir música, porque é muito velho.

    Tenho um Ipad, da primeira geração. Comprei porque a ideia dos tablets me fascina e queria testá-lo. Estou experimentando outros. Trabalho com isso.

    Não estou isento de contadiçōes…

    Só acho que a discussão não é sobre produtos…é política e cultural….

    Mais uma vez, não estou discutindo produtos,

  66. Cheguei meio atrasado na conversa iniciada pelo colega Rodrigo Savazoni, mas tenho que deixar registrada minha apreciação à iniciativa do post. O movimento da grande mídia em torno da morte do Steve Jobs beirou o ridículo — o que não é novidade –, e portanto algum contraponto se fazia necessário.

    Outra não-novidade é a tendência de muitos colegas em ‘partidarizar’ (e/ou polarizar entre esquerda e direita) todo e qualquer debate, o que resulta no empobrecimento da conversa. Mas como temos valorosos colegas participando da trédi, e na medida em que considero o tema pertinente, resolvi apresentar os meus ‘dois palitos’. Caso tenha interesse, siga o link: http://ecodigital.blogspot.com/2011/10/valeu-steve.html

  67. O autor do texto e a Mariana do primeiro comentário esquecem que o público tem a liberdade de eleger seus aparelhos eletrônicos favoritos levando em consideração diversos fatores e possibilidades. Fazer sua opção e seguir em frente é mais eficaz que resmungar sobre a postura do executivo morto.

    É bem verdade que conhecemos várias pessoas que adquirem produtos da apple por puro e simples status, mas existe uma vasta multidão que faz uso das “traquitanas” mencionadas por conta da usabilidade revolucionária e das possibilidades de desempenho que um windows ou outro sistema não oferece. Ah, mas o iPhone não te agrada? Vá de Galaxy da Samsung, então. iPod não é pra você? A Sony certamente tem um modelo que te agrada.

    O que não dá para fazer é negar a pequena revolução operada no mercado de produção e profissionalização para a internet causada por Jobs. Ele era contra o compartilhamento? Mas foi por causa dele e de sua loja de músicas (que cobra 1 dólar por unidade) que deu-se um novo fôlego e novos caminhos para a indústria fonográfica. Os famosos aplicativos (pagos ou não) da appstore criaram um vasto mercado de empresas dedicadas ao ramo de desenvolvimento eletrônico, gerando oportunidades, competitividade e qualidade de serviços. Ou vocês acham que internet é baixar músicas, filmes e programas gratuitamente?

    Jobs mostrou que, sem uma estrutura coerente que se sustente financeiramente, esse formato de internet que a maioria de nós conhece não se equilibra. Ou vocês acham que Google, Youtube, Twitter e Facebook são mantidos pela boa vontade dos desenvolvedores? Sejamos menos ingênuos, não é?

    Eu costumava brincar que quem fala mal de um Mac ou de um iPhone o faz por nunca ter tido a oportunidade de manuseá-los durante um tempo significativo. E vejo que isso só se mostrou mais verdade com a morte de Jobs. Não param de surgir críticos ao homem ranzinza, ao patrão severo, ao executivo carrasco. Mas esquecem do visionário que aperfeiçoou a interface gráfica (usada por todos nós neste momento), aprofundou a tecnologia do mouse (olha só que coisa) e estimulou empreendedores ao redor do mundo.

    Pensem bem nas críticas cada vez que precisarem formatar seus Windows, companheiros. Ah, e na minha opinião, criticar o iTunes — que permite gerenciamento de músicas, vídeos e imagens nos seus dispositivos — não é argumento. Tente aprender a mexer nele primeiro.

  68. Errei com esse “a Mariana do primeiro comentário”. É que usei este comentário em outro blog e esqueci de editar.

  69. Gostei do artigo, e minha crítica à Apple sempre foi esta: seus produtos recentes (iPad e iPhone) são “designed” para consumir conteúdo, e não criar. Pior, não há como gerar conteúdo para os iProducts sem o consentimento da Apple.

    Outro ponto importante: a Apple só se tornou grande com o iPad e o iPhone, que representam mais de 50% de seu lucro, atualmente. Não foi com os iMacs ou Macbooks. Sem o iPhone e o iPad, a Apple seria o que sempre foi, uma fabricante de computadores “premium”, que custam caro, feitos para um mercado que pode pagar. Inovadora, mas atendendo um mercado restrito.

    E, aos Apple “fanboys” que pensarão que estou falando mal de Steve Jobs, é o contrário. Ele teve a visão e o gênio de criar produtos que, no nosso mundo capitalista, tiveram o resultado econômico que vemos hoje. Mas o fez num modelo que é essencialmente monopolizador. E não venham me dizer que poder jogar Angry Birds no ônibus é a coisa mais revolucionária do mundo.

    E, finalmente, nem tudo é esquerda/direita, politizado. O autor do artigo apontou bem o “lado B” da Apple, que comumente se esquece. Eu acho bom não esquecer.

  70. Para Leo Balter e outros Cegos de plantão.

    Como pode um cara ser tão cego para falar das “1001 maravilhas” da Apple sem ser capaz de enxergar o quanto esse drogado desse Jobs fez de nocivo para a humanidade…

    Só para citar sua atitude mais comum em TODOS os produtos…

    Ele sempre lançava um produto sem vários recursos comuns, somente para depois lançar uma outra versão com mais alguns que faltavam…

    http://mashable.com/2010/01/27/ipad-whats-missing/
    http://www.wired.com/gadgetlab/2010/01/ten-things-missing-from-the-ipad/

    O povo otário, compra o produto, depois tenta vender no mercado livre o antigo para comprar o novo…

    Esse drogado foi embora tarde… 56 anos de pilantragem…

    Ah… cegos de plantão… continuem dando sua grana para a Apple, Microsoft, Oracle, etc… afinal, porque um país desenvolver sua própria tecnologia com o OpenSource, se vocês podem pagar para os outros pensarem por vocês… Cegos e Otários….

  71. Para Leo Balter e outros Cegos de plantão (completando).

    A Apple só utiliza softwares BSD porque ela pode se tornar Proprietária e Fechar o Código!!!

    Quando lançou sua lojinha de aplicativos inúteis e desnecessários para iPhone, ela RETIROU TODOS os programas com licenças Livres como GPL. OpenSource FORA!!!

    A Apple SÓ melhora o que ela usa, e depois fecha para si… Aliás… nem melhora tanto, porque o OS X Lion foi lançado com dezenas de problemas já conhecidos… ou seja, a tal ‘qualidade’ fica de lado, quando o assunto é grana!!!

    Agora tem vários MacOtários FanBoys com sua maçãzinha brilhosa travando… Guardem a graninha pra comprar o novo produto do seu Santo Recém Canonizado “São Steves Jobs”…

  72. Desde o aparecimento do excesso de produção e a brilhante idéia de usar como o primeiro tipo de bem, começou o individualismo. Seu conceito moderno veio no ato em que as pessoas abriram mão de participar diretamente da vida política e econômica elegendo representantes para tal veio para piorar ainda mais o caráter egoísta do ser humano. Todos e não só Steve Jobs são egoístas porque vivem dentro de uma bolha(raras são as exceções).
    Essa conversa de que a colaboração é o atual hit do mundo não é mais do que mais uma ilusão que querem que nós compremos como a democracia que achamos viver.
    o que vai contra o lucro não é adotado, ponto. E quem acredita no contrário, pode ter certeza, está se iludindo.
    Onde não há lucro, nada acontece, exceto por uma minoria a quem chamam muitas vezes de utópicos.

  73. Comuna idiota. Não vale gastar a unha do polegar indicador digitando qualquer coisa pra rebater esses seus argumentos.

  74. Oi Anabela,

    Nāo sou comunista, mas um commonista, um defensor do comum. Você provavelmente não sabe o que é isso e prefere rotular a conversar, como o Pedro, da EBC, que deve ser um grande escritor, do nível do Joaquim Nabuco.

    Não sei porquê aqueles que não têm o que dizer gastam sua energia.

    Para mim, o que importa é que o debate rolou, e a reflexão saiu da mera exaltação do designer/empresário que lutou pelo cercamento do conhecimento.

    Abraços

  75. Steve Jobs de fato era um gênio. Apple e Pixar revolucionaram a tecnologia, a indústria e entretenimento, redimensionando comportamentos, culturas e indo, pela singularidade de Jobs, muito a frente de outras grandes corporações.

    Mas ao mesmo tempo que reinventava a música, também agia a favor da propriedade intelectual, das grandes indústrias e do copyriht. A Apple se transformou naquilo que combatia em sua guerrilha quando nasceu, mas duma maneira muito mais inovadora. É inegável a qualidade e vanguarda dos produtos Apple, em hardware, software e design.

    A Apple acabou se tornando talvez a maior expressão do copyright, onde os seus produtos são exclusivos. Diferentemente da Microsoft que vive principalmente de software (e popularizou muito mais, também pela pirataria), e a IBM que hoje roda em sua maioria Linux, a Apple vende seus produtos integrados, hardware e software fechados, e detém muito mais controle, não dá pra ser “pirateado”.

    Jobs revolucionou o mundo corporativo, enquanto trabalhadores da Foxconn, sua principal fornecedora, se suicidavam na China pelas condições de trabalho que Jobs ajudou a pautar, impondo esse ritmo frenético de aceleração da produção industrial de tecnologia.

    A Apple é mainstream, diferente, mas está reproduzindo alguns comportamentos políticos e sociais típicos das grandes outras corporações. A cultura digital é muito maior que Jobs, e o software livre tem sido um dos principais pontos do sucesso disso, inclusive da Apple que também se utiliza deles pra fazer seus produtos. Mas politicamente a Apple não “pratica” software e conhecimento livres. A Apple hoje é a expressão mais pura da propriedade intelectual.

    Interessante perceber ainda que se cria uma Universidade Apple para ensinar sua filosofia de trabalho exclusivamente aos seus funcionários. Mesmo Bill Gates, do alto do seu posto de homem mais rico do mundo por 15 vezes, e executivo da “diabólica” Microsoft ainda criou uma fundação e investe em projetos sociais. Mas satanizam Bill Gates e glorificam Steve Jobs, como se um não fosse uma versão mais aprimorada do outro.

    Outro fato é não termos visto Jobs no decorrer de sua luta contra o câncer sensibilizado com esta doença que mata cada vez mais humanos, se dispondo a apoiar e investir na busca pelo tratamento comum a todos ou se solidarizando com outros doentes. Até no que tange à própria condição de sua morte ele agiu de maneira fechada. E não deixou nenhum projeto que vislumbrasse o bem estar comum da sociedade, nem em âmbito político, cultural, social ou econômico. Jobs foi um revolucionário corporativo em sua definição mais crua.

    Acredito que viveríamos atualmente sem IPAD ou Iphone, mas não sem o software livre, tecnologia e conhecimentos livres, diferente do que a Apple construiu. Sem isso não teríamos Apple, Google, Microsoft, sem isso talvez estivéssemos extintos.

  76. aindaa bem q o jobs inventou o ipad e naum a cura do cancer pq senao teria q comprar a cura com esclusividade na cancer store

  77. Quem não tem o que dizer é você, Savazoni. Aliás, tem sim: muita merda.

    Acho intrigante como você deixa transparecer o quão imbecil, tirano e idiótico os seres que congregam com o seu “commonismo” podem ser. Se sou da EBC, da XBY, da CNN ou da PQP, isso é irrelevante. Você acha que tem algum “poder especial” por poder ver o IP de um comentário? Os esquerdopatas da web estão nesse nível? Claro que estão. O primeiro passo de um criminoso é seguir a vítima.

    Aliás, seu texto – muito escroto, diga-se -, é um lamento de um falido recalcado, magoado por não ter grana. A primeira linha deixa todo o seu ranço transparecer. O resto é ódio de alguém que, novamente é claro, gostaria de estar em uma posição que não está. Você tenta usar a morte do Jobs para promover a sua agendinha-inha. Possivelmente conquistar a simpatia de mais alguns hipsters xiitas que vagam por aqui. Um caso clássico de escuridão que tenta “chupar” a luz dos outros.

    Se você acha que o câncer é algum instrumento de reparação divina para quem é “capitalista”, segundo essa sua visão comuna de 50 anos atrás, torço forte para que você também tenha um. Mas um caprichadinho, bem raro. Vamos ver qual legado sobrevive: o seu ou o de Jobs (aquele riquinho irrelevante!).

    Bom saber que alguém como você, que é um farol de porcaria, não tem percepção do resto do mundo. Ou acha que o mundo se resume às suas redes sociais (HAHA). Já mandei esse texto para vários amigos. Ninguém se dispõe a comentar. Os comentários são unânimes: “Lixo de escrita, lixo de pessoa”. Não são palavras minhas.

    Se existe uma tag para esse texto, essa tag é “schadenfreude”. Como disse antes: um dos piores de 2011, sem dúvida.

  78. Poxa, o Pedro de EBC ficou bravo. Ele e os amigos proprietários dele. E expôs o nível do seu pensamento…

    Pedro da EBC, se eu não tenho o que dizer, não perca tempo de ler. Quem veio aqui ofender e destilar ódio foi você. Eu só compartilhei um pitaco, contra os contentes, como você.

    Você ainda compartilhou o texto? Que estratégia estranha, hein….

  79. Há de se ter parâmetros.

    Vim ler o link repassado por um amigo. A primeira linha, como disse para ele imediatamente, já era de uma agonia infindável. Eles gostam de me ver sofrer. Eles gostam das minhas respostas.

    Compartilho coisas ruins e toscas muito mais do que compartilho coisas boas. Assim, o que é bom tem mais valor. Brilha mais.

    A perda de tempo acontece com os comentários, não com a leitura. Aliás, vou ler mais do que você escreve e tentar comentar ainda menos. Pensando bem, sem mais comentários. Não há absolutamente nada que eu possa compartilhar com você ou com quem te acha “genial”.

  80. Obrigado pela visita, Pedro,

    Espero que da próxima vez – foi você quem disse que continuará lendo – não fique tão irritado. Ou não.

    E, olha, não me acho, nem faço nada para ser genial. O que quero é uma sociedade livre em todas as dimensōes, inclusive para você, que gasta seu tempo receitando câncer aos outros…

    Abraços

  81. Jesus Guevara com toques tropicais de Caetano. Ou não?

    Nah, você não representa ninguém que não seja você. Ou, no máximo, sua patota. Jamais será meu representante em algo. Nossos conceitos de liberdade são diferentes.

    Pff…

  82. Pedro, o furioso,

    Não quero representa-lo, nem que vc concorde com minha visão de liberdade – seus comentários anteriores contra uma visão crítica da propriedade já demonstravam que pensamos diferente. E eu realmente adoro o Che, como vc descobriu? jesus já não é muito a minha praia.

    Outros,

  83. Um Amiguinho ai disse q o Dr. Steve inventou o Mouse… Vai ler um pouco amigo!!!
    A XEROX inventou o MOUSE e o DR. Jobs roubou a ideia!

  84. Ótimo artigo, estava procurando uma opinião desta!
    quanto a Jobs, não questiono sua genialidade, mais sinceramente não o vejo como um revolucionário!

  85. Ainda bem que você tem o PC da IBM e os programas do Bill pra poder fazer seu ciberativismo, né? Imagina usar um Mac pra protestar contra o criador do computador pras pessoas, não ia pegar bem…

  86. É muito difícil construir alguma coisa em cooperação quando o que se manifesta mesmo em pequenas ocasiões como essa – a compartilhação de uma visão e a abertura para comentários e críticas – não passa de uma “briga” ego-inteletual gratuita. Talvez essa seja a prova de que realmente a cooperação, a ação coletiva não sejam viáveis, especialmente em uma esfera social mais ampla, política: nosso “bom-senso”é regido pelo nosso individualismo egoísta e nossa vaidade, e o reconhecimento alheio só se estabelece pelo mérito em torno do valor daquilo que alguém adquire e acumula também individualmente, não pelo que estes acrescentam ou representam em nossas múltiplas relações. O que todo bom esquerdista defende é um posicionamento que já não tem mais a ver com política apenas, é um posicionamento diante da vida, uma metafísica, infelizmente, para poucos.

  87. Rodrigo, reescreva esse seu texto. Talvez aí você consiga convencer com essa sua ideia inicial, que me parece ser cínica, leviana e limitada.

  88. O comportamento dos adoradores da “Igreja do Software Livre” é uma mistura de extremismo maniqueísta com inveja pelo sucesso alheio. Esse texto é um ótimo exemplo.

  89. Rodrigo, concordo em genero e numero com você. As pessoas nao estao entendendo o que você quer dizer… bom, vou tentar dizer o que eu entendi, me corrija se eu estiver errada…

    STEVE JOBS FOI CONTRA A DEMOCRATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO… SE ELE FOSSE A FAVOR TERIA DOADO O MINIMO DE APARELHOS PARA TODAS AS INSTITUIÇÕES QUE TRABALHAM COM SEUS APARELHOS.

    MAS ELE POUCO SE IMPORTOU, COLOCANDO VALORES ABSURDOS EM EQUIPAMENTOS SUPOSTAMENTE MODERNOS…

    ELE NÃO ERA UMA ONG, NEM ESTOU DIZENDO QUE ELE DEVERIA SER, MAS EM UM MUNDO ONDE A EDUCAÇÃO AINDA TEM PREÇO ELE PODERIA TER TOMADO A INICIATIVA, TER SIDO UM PIONEIRO, NA EDUCAÇÃO COLETIVA…
    A EDUCOMUNICAÇÃO NECESSITA DOS EQUIPAMENTOS MIDIÁTICOS PARA REALIZAREM SUAS OFICINAS..
    PRONTO TA DITO

    por isso morreu, é o karma.. a pessoa não faz bem a sociedade, ela te aliena.. ela sofre ela morre
    e nós, ou melhor, voces, virando uns contra os outros para defender a causa desse cara? fala sério… se ele fosse bom todos nós teriamos estudo e consciencia do manejo nos equipamentos da apple.. o que não acontece.. eu mesma trabalho com edição e nao uso mac, estou feliz com meu software economico, valeu!

  90. Aqueles que acham que a idéia de colaboradorismo está errada acho que esses deviam parar de usar o Wikipedia que afinal é algo grátis, não-comercial e editável por qualquer que tenha algo a contribuir para o seu crescimento. Essa sim é a principal diferença de Steve Jobs, ele sempre buscou lucro próprio enquanto toda a tecnologia atual está se voltando a um lado mais colaborativo. E acho que isso não significa dizer que quem apoia tais idéias é um comunista ou subversivo porém alguem que procura o desenvolvimento para todos. Em minha opinião o maior progresso nessa área se deu com inicitiavas com o Creative Commons (razão a qual temos Wikipedia hoje) e linguagem Open Source.

    Idependente quão bem sucedido Steve Jobs tenha sido é fato que ele sempre se opôs a tais propostas discutidas acima. E se ele soube buscar exatamente o que as pessoas queriam com seus produtos isso nada mais foi do que um excelente caso de um Marketing aplicado. Porém a desvantagem disso foi a obsolescência planejada assim como a publicidade em massa de produtos fora do alcance da maior parte da populacão.

  91. Desculpem ressuscitar o tópico e pelo longo e-mail, mas Do Meu Ponto De Vista…

    O mundo todo tem falado do Steve Jobs. Isso para mim é falta de compreensão. O VERDADEIRO gênio sem dúvida foi o sócio (e xará) Steve Wozniak.

    Se o Jobs não tivesse encontrado o Wozniak, ele seria apenas mais um drogado pensando que mudaria o mundo.

    Wozniak (http://en.wikipedia.org/wiki/Steve_Wozniak) em 1971 Construiu um Micro SOZINHO!!! SEM a Internet e Google pra buscar como se faz isso, sem YouTube para ver vídeos aula, sem os Livros que temos hoje.. nada… o cara fez um micro com monitor com o mais puro e trabalhado conhecimento de arquitetura disponível em uma época de informação restrita e escassa.

    (By himself he designed the hardware, circuit board designs, and operating system for the Apple I.)

    Essa dupla deu certo porque o Wozniak é um gênio e o Jobs um convencido que se acha fodão… Com o tempo o Jobs foi lentamente aprendendo a ser um homem de negócios…

    Matematicamente falando, em 1970 quais as chances de se encontrar:

    1) um cara com a capacidade de construir um micro do zero? (construir um micro não significa ir na Sta Ifigênia e comprar as peças 😉 significa DESENHAR, PROJETAR e PRODUZIR cada circuito necessário)

    R: acho que 1 em cada 10 milhões de pessoas ou mais!!! (até hoje (40 anos depois e com Internet) não sei quem conseguiria fazer isso aqui no Brasil !!! Alguém da POLI ?! ITA ?!)

    2) um cara com a ambição pelo sucesso, com garra, com traços característicos de um futuro CEO?

    R: acho que 1 em cada 100 pessoas. (entenda a conta, eu NÃO disse que 1% das pessoas tornam-se CEOs, estou dizendo que se as colocarem diante dos desafios de um CEO, 1% das pessoas (ou um pouco mais) conseguiriam o sucesso Passo A Passo)

    Pra mim Jobs deu a sorte de encontrar Wozniak e a partir do trabalho desse gênio, Jobs foi construindo os degraus do sucesso da Apple e lentamente foi ‘aprendendo’ a ser um ‘líder’ diante dos negócios que a Apple fechava… Sem Wozniak NÃO existiria a Apple.

    – Jobs sem Wozniak, não seria nada, ou seria apenas um chefe durão de alguma empresa qualquer…

    – Wozniak sem Jobs, mas com outro ‘capitalista determinado’, ainda conseguiria criar uma empresa desenvolvedora de computadores e teria sucesso; sem este capitalista ele desenvolveria este micro no meio acadêmico e publicaria como foi feito, isto seria melhor ainda para a aceleração e desenvolvimento de tecnologia no mundo.

    Mas a vida é assim… o mundo nunca presta atenção nos GEEKS.

    Para constar… Apenas 1 Semana depois da morte do Jobs, morreu Dennis Ritchie (http://en.wikipedia.org/wiki/Dennis_Ritchie)

    Ritchie, criou a Linguagem C, criou o UNIX !!! Esse cara “tirou” o mundo do Assembly e permitiu que milhares de desenvolvedores criassem mais facilmente milhões de programas!!! O UNIX é um SO muito fera e inspiração para o GNU e Linux; o mundo do SL usa C massivamente!!!

    Não vi ninguém comentar dele em qualquer blog ou forum… É lamentável, mas o mundo valoriza um drogado arrogante e ignora os verdadeiros gênios que criam coisas jamais pensadas antes e que mudam a realidade do mundo quebrando paradigmas…

    Bom, deixa eu voltar para o trabalho e terminar meu programa em C++ que meu gerente (que não sabe nada de informática e ganha 3x mais que eu) já tá dando chicotadas… 😉

  92. Eu não ia comentar, e nem vou perder tempo comentando algo longo só vou dizer 3 coisas.

    1. legal ver a quantidade de mulecada no brain lavada pela midia que temos hoje, nunca vi tanta pessoa com a visão errada do mundo…. enaltecer um empresário é como enaltecer um político.. um esportista…

    2. não me ache louco.. enaltecer qualquer um é uma das maiores burrices do mundo… vocês nunca saberam quem foi a pessoa de verdade, oq fez para conquistar o que conquistou ou como fez.. e principalmente nunca saberão a verdade de NADA… pois isso chama-se MIDIA… e o passado ? bom vcs sabem tanto do passado dele quanto sabem do passado do meu pai e da minha mãe acredite.. meia duzia de foto e uma porção de relatos não descrevem a história de uma pessoa.

    3. por favor continuem assim beeem cegos.. pois é assim que eu e outros aqui assim como o dono do blog lucramos.. eu escrevo isso aqui pois sei que nossos “clientes” nem vão ler isso.. por que é texto demais…

    é isso ae, ja perdi 39 dolares com o tempo que levou escrevendo isso.. até nunca mais.

  93. Fernando, concordo com vc…

    A Midia realmente é sem noção, nunca mostra a verdade… Sarney, Maluf, Kadafi são pessoas maravilhosas de um imenso coração cheio de amor… O que a midia diz sobre eles não mostra o quão nobres eles são.

    Bom, é uma pena que vc perde grana quando escreve… diferente de vc, eu ganhei 69 euros!!!

    Enquanto existir caras com vc eu só vou lucrar.. hehehe

    Falow zé mané…

  94. Vamos eliminar todo software livre do mundo e deixar que Apple e Microsoft ditem os padrões. Como você acredita que seria o seu futuro? Aliás, você teria futuro?

  95. Verdade. Porém em alguns casos, a “prisão” chega a ser uma liberdade.

    Escolhi ficar “preso” a este sistema Mac, que converge tudo para si e funciona sem que eu esquente a cabeça para assim poder gastar meu tempo com o que realmente interessa: Criação de conteúdo e produção.

    Quanto mais eliminarmos a ponte entre ideia e resultado, melhor. Por isso que abandonei até o JailBreak.

    Eles criaram soluções novas. Para isso, precisam de idéias dos melhores entre os melhores. Senão caímos naquela máxima do Henry Ford que não queria saber da opinião do público:
    “Se perguntasse a meus clientes o que eles querem, me diriam ‘cavalos mais rápidos’.”

  96. Pingback: iPhone Unlock

  97. Maioria das pessoass tedem a superlavorizar o que “já passou”, falecido não argumenta, mais fácil defender algo a seu gosto; tedem a querer um ícone, um símbolo. Na realidade, muitos desses nomes, como o de Jobs, não são valorizados pelo que eram, mas pelo que fizeram. Jobs era um executivo, quando em vida, alguém o perguntou se ele gostavam dos funcionários, se gosta de dinheiro, o que faria/fez pelo dinheiro e sucesso?

  98. Faço minhas as declarações do Robson que disse “O VERDADEIRO gênio sem dúvida foi o sócio (e xará) Steve Wozniak.”

    Amigos leitores não deixem de ver esse artigo, estou indicando em português para os que não gostam de ler no idioma inglês – (http://pt.wikipedia.org/wiki/Steve_Wozniak)

    Mesmo assim vale o esforço de ler o artigo em inglês (nesse caso), mesmo que tenham que usar um tradutor on-line: (http://en.wikipedia.org/wiki/Steve_Wozniak)

    Abraços!!!

  99. Quando penso num futuro do tipo Star Trek ou Blade Runner, só posso associar Steve Jobs e Bill Gates ao último tipo, uma distopia ditatorial. Capitalismo monopolista, financiando políticos em troca de favores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *