A revolução no mercado musical começou há dez anos, mais especificamente em junho de 1999, quando Shawn Fanning, então com 19 anos, lançou o Napster, o primeiro software de compartilhamento de arquivos de MP3 em rede.
O Napster utilizava a tecnologia Peer to Peer (ponto a ponto), que faz com que qualquer máquina seja um cliente e também um servidor. O que isso significa? Usando a rede mundial de computadores, eu posso buscar em todas as máquinas plugadas no mesmo software as músicas que eu quero ouvir. Ou seja, passamos a ter acesso à discoteca pessoal de todos os usuários do Napster sem precisar pagar nada por isso.
Durante dois anos, a indústria do entretenimento e bandas como o Metallica fizeram campanha pesada para acabar com o Napster. Conseguiram. Mas foi tarde demais. A tecnologia (livre) parou na boca do povo. Versões melhoradas do Napster começaram a pipocar. Atualmente, de acordo com a revista Wired, a mais importante publicação de cultura digital do mundo, 70% da banda do planeta é consumida no compartilhamento de arquivos.
E se você ainda não utiliza softwares de P2P, é só baixar o E-Mule ou o Lime Wire e procurar aquela canção do Roberto que há tanto tempo você não ouve. Isso não é pirataria. É uso justo.
Convoco os Trezentos a pensar como seria a festa de comemoração dos dez anos do Napster, a se realizar em junho. Não é nessa época que rola o Fisl? Que tal um evento distribuído em várias cidades do país? Alguém já está programando alguma coisa?
Napster virou suco porque não era completamente descentralizado. A banda metalica facilmente convenceu o Judiciário norte-americano da tese da “pirataria”. As redes Torrent são distribuidas. Elas são o início de uma comunicação de fato livre…