A articulação que começou com o #AmorSimRussomanoNão e agora se traveste de #ExisteAmoremSP é plural. O que ela quer é destampar essa panela de pressão que a capital econômica do Brasil se tornou e mostrar que outros caminhos são possíveis, outras relações sociais e humanas são necessárias, e que é preciso afirmar o afeto como prática e a diversidade como estratégia. Estamos construindo uma grande aliança contra o conservadorismo, a mesmice, a caretice, a falta de imaginação, a falta de indignação, a falta de tesão. Por isso, ela é receptiva e tem como imagem uma mão estendida e não um punho cerrado.
Críticas surgem e se acentuam neste momento em que ânimos se acirram, acusações de parte a parte se intensificam, e o momento eleitoral se aproxima. Faltam menos de 15 dias para o segundo turno. Afinal de contas, pergunta o Ansioso, em quem você vai votar? Pergunta legítima, evidentemente, cuja resposta é simples e não é. A parte simples da resposta é: voto, como fiz no primeiro turno, em Fernando Haddad.
A parte que não é simples: são fundamentais as manifestações crescentes por outras formas de fazer política. Os que votam nulo, muitos deles, não votam só contra petistas e tucanos. Votam contra um sistema de representação falido, uma democracia de faz-de-conta, e a dissolução de instituições públicas que deveriam ser ordenadas não apenas pela vontade das maiorias, mas pelo respeito estrutural às minorias. Essa eleição revela que parte dos paulistanos estão fartos da aliança Demotucana de Gilberto Kassab e José Serra. Mas que também não querem uma acomodação circunstancial de forças. Muita gente quer imaginação no poder, saídas ousadas, e parte relevante desse grupo integra a tropa cor-de-rosa choque. Parte nem se veste de cor-de-rosa, por ver nisso uma contaminação da pureza ideológica pela política suja das ruas. Com ou sem excessos, acredito que a voz desses grupos precisa ser ouvida e respeitada.
Feitas as ponderações, listo na sequência 11 hashtags para votar em Haddad. A primeira é #FaçaAmorNÃOfaçaSerra e ela é auto-explicativa. As outras são:
- #SerraNãoMamãe: Haddad não é Serra, esse político que espalha ódio por onde passa;
- #KassabNãoMamãe: Haddad não é Kassab, um prefeito proibicionista, que tentou refrear qualquer manifestação espontânea da população paulistana;
- #ArcodoFuturo: Haddad tem um programa de governo. Bom programa. Serra compartilhou 13 dias antes do segundo turno um documento meia boca. Sua visão de futuro é a continuidade da gestão que ele iniciou e Kassab aprofundou. Faz 12 anos que estão aí. Esse enredo, baseado na palavra NÃO, nós já conhecemos;
- #QueroUmPrefeito: O foco de Haddad é governar São Paulo, fazer uma boa gestão. Somente depois disso ele irá querer alçar novos voos. Serra quer ser presidente. Disputa São Paulo para disputar dentro do PSDB novamente sua nomeação;
- #CulturaLivre: Haddad se comprometeu em seu programa de governo com uma cidade digital livre, inclusiva e democrática, com software livre, cultura livre, ocupação das ruas e desenvolvimento de políticas públicas de cultura digital;
- #LulaLá: Haddad é o candidato de Lula, o melhor governante da história recente do país, que nos fez crescer distribuindo renda. Lula terminou seu mandato no auge;
- #DiversidadeSIM: Serra, em sua campanha, estimula preconceitos: contra os gays, ao lado de Malafaia, contra os negros, ao aliar-se àqueles que são contra as cotas nas universidades, contra os direitos reprodutivos das mulheres. Haddad é o oposto;
- #ImaginaçãonoPoder: Grandes artistas e intelectuais da cidade de São Paulo, como Zé Celso, Wisnik, Fernando Morais, Marilena Chauí, Ladislau Dowbor, Emicida, Sergio Amadeu da Silveira estão com Haddad. A lista de apoios é enorme.
- #NãoaoMilitarismo: Serra e Kassab é apostar em militares nas Sub-prefeituras. Haddad, com certeza, vai reverter esse quadro.
- #AperiferiaÉcentral: Marta foi uma prefeita que governou com ênfase nas periferias de São Paulo. Haddad vai retomar esse processo. Nas periferias a cidade pulsa e a cultura se renova. Se não acredita, vai lá pra ver.
Esses são os pontos que arrolei. Teria outros. Muitos.
Convido quem quiser a acrescentar mais razões aí embaixo, nos comentários. Para mim, esses motivos já são suficientemente consistentes para digitar 13 na urna eletrônica. Darei esse voto vestido de cor-de-rosa choque. Isso porque quero Haddad prefeito, mas acredito que o processo de reconstrução da cidade, de reabertura de seus horizontes, não se esgota com esse voto. Temos de fazer nossa parte, e uma delas é eleger um prefeito com quem possamos dialogar. A outra é tomar as ruas, enchê-las de alegrias, e formular alternativas políticas para os próximos anos, inclusive para reformar esse sistema em dissolução.
PS – Meu grande amigo Sérgio Gomes lembra uma décima segunda hashtag. #SerraApoiaTelhada. É um adversário da liberdade de expressão, seja coagindo jornalistas na cobertura de campanha, ligando para redações, ou apoiando aqueles que tentam calar um jornalista como André Caramante, que teve de se exilar de São Paulo depois de denunciar policiais criminosos.
Nao tinha visto a versão final do “Manifesto Rosa Choque”.
Estou quase certo ( veremos isso dentro de alguns anos ) que acabo de ler um documento HISTÓRICO para São Paulo e, portanto, para o Brasil.
O Rodrigo Savazoni produziu, realmente, uma peça NOVA em termos de narrativa argumentativa.
Não caga regras, expõe fatos.
Não faz proselitismo, apresenta razões.
Náo vem dedo em riste, chama o cara pra perto.
Não pede nada, propõe.
Não há arrogância nem humildade na sua postura de cidadão ativo, pró-ativo.
E, por fim, faz também uma reportagem pois começa a contar o que se passou na antiga Praça Roosevelt e o que vai se dar no próximo dia 21, à tarde.
Paulinho in Fluxus e Rodrigo Savazoni, sinal dos tempos.
Novos tempos !!!
PS – É muito estranho ver o meu nome no último parágrafo de um texto que ficará para sempre. É mesmo muito estranho.
Falso moralismo: o eterno jeito “Cerra” e DEMoTUCANO de fazer política
Seria importante questionar o caráter do “Cerra”, um candidato que se diz acima de qualquer suspeita e faz campanhas com os métodos tão rasteiros, a ponto de publicar um vídeo, em 2010, no blog oficial de sua campanha presidencial, afirmando que a presidenta Dilma romperia com LULA e o expulsaria do país. Que depois 2 anos no exílio ele, LULA seria recebido no aeroporto por FHC o qual ficaria aqui lutando pelo seu retorno. Quanta picaretagem! As mesmas de sempre, usa o medo e assuntos falsos moralistas como aborto e homofobia para tentar ganhar eleições. Que moral tem ele para usar essa pauta, quando a própria esposa dele confessou, em sala de aula, ter cometido aborto, no período do exílio? Que moral tem ele para falar em Kit gay, se a principal mídia do país (Globo) que o apoia, só tem feito apologia/propagação ao homossexualismo e a degradação da família? Que moral tem ele para falar em mensalão do PT, quando o partido dele, além de ter dado origem a tudo isto, atualmente, e apesar dos tantos apelos éticos DEMoTUCANOS, eles ainda usam dinheiro de contravenção e fazem lavagem de dinheiro, como no caso CACHOEIRA de LAMA e PERILO?
O PT, ao praticar ilícitos, ao menos usou dinheiro oficial de Bancos. E eles, tão éticos que são, por que usam do crime organizado, de contraventores dos jogos de azar e certamente até do tráfico de drogas, como Cachoeira e muitos outros, acobertados pela mídia e, consequentemente, também por esse nosso judiciário, refém dos interesses econômicos, dos Daniel Dantas da vida? Cadê a coerência tão cobrada aos membros e simpatizantes do PT, pelos TUCANALHAS e o conjunto de malfeitores, travestidos de cordeiros, do nosso país, a exemplo dos donos dos meios de comunicação, aliás, digo: meios de deformação; dos Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Melo, Celso de Melo, Gurgel, Joaquim Barbosa e por ai vai…?